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Filmes mais pirateados da semana (23/05/2016)

X-Men: Apocalypse mal estreou nos cinemas e já figura entre os filmes mais pirateados da semana, segundo o Torrent Freak. Na sexta posição do top 10 de títulos mais baixados, o filme dos mutantes está em qualidade baixa, gravada de cinema – há grandes chances, portanto, de subir no ranking na medida em que versões de melhor qualidade vazem na rede.

Outra novidade da lista fica por conta de Deuses do Egito, longa que reúne nomes conhecidos como Gerard Butler e Nikolaj Coster -Waldau – o Jaime, de Game of Thrones. Apesar de não ser um sucesso de crítica, o filme foi o terceiro mais popular em sites de torrent nos últimos dias.

Deadpool e Batman vs Superman: A Origem da Justiça parecem nunca perder o interesse do público, estando por várias semanas presentes na lista.

1. Zootopia

https://youtu.be/prct6AB5tR8

2. Capitão América: Guerra Civil

https://youtu.be/dKrVegVI0Us

3. Deuses do Egito

https://youtu.be/4frUexlN5Ps

4. Triplo 9

https://youtu.be/KbXZxZuXkt8

5. O Caçador e a Rainha do Gelo

https://youtu.be/F2-_OQL9fBk

6. X-Men: Apocalypse

https://youtu.be/Jer8XjMrUB4

7. Como Ser Solteira

https://youtu.be/MxARqpiCMTc

8. Deadpool

https://youtu.be/rW-44KuoAdA

9. Invasão a Londres

https://youtu.be/3AsOdX7NcJs

10. Batman vs Superman: A Origem da Justiça

https://youtu.be/RtFFXs3nN40

 

Filmes mais pirateados da semana (16/05/2016)

Capitão América: Guerra Civil chegou com tudo nos sites de torrent, alcançando o primeiro lugar entre os filmes mais pirateados da semana segundo o Torrent Freak. Outros dois estreantes na lista são O Caçador e a Rainha do Gelo, e Invasão a Londres, duas sequências de longas bem sucedidos no passado.

Outros destaques ficam por conta de títulos que permanecem na lista de top 10 mais baixados ilegalmente por pelo menos três semanas seguidas. É o caso de Dead PoolZootopia e Batman vs Superman: A Origem da Justiça.

1. Capitão América: Guerra Civil

https://youtu.be/dKrVegVI0Us

2. Como Ser Solteira

https://youtu.be/MxARqpiCMTc

3. O Caçador e a Rainha do Gelo

https://youtu.be/F2-_OQL9fBk

4. Invasão a Londres

https://youtu.be/3AsOdX7NcJs

5. Zoolander 2

https://youtu.be/4CL4LNWHegk

6. Zootopia

https://youtu.be/prct6AB5tR8

7. Deadpool

https://youtu.be/Q9X-bAE8KTc

8. Batman vs Superman – A Origem da Justiça

https://youtu.be/4NQioh0rZmQ

9. Mogli – O Menino Lobo

https://youtu.be/BeAN5Tr4fnA

10. Rua Cloverfield, 10

https://youtu.be/M5-feV2zeIE

Alguns filmes da lista já saíram dos cinemas ou ainda estão em cartaz, mas, de qualquer forma, não estimulo nem concordo com pirataria e conteúdo ilegal. Isso não impede você, porém, de usar o ranking como referência para alimentar a sua lista pessoal de filmes a serem assistidos – afinal, todos eles estarão disponíveis para aluguel ou em serviços sob demanda em breve.

Filmes mais pirateados da semana (09/05/2016)

Esta foi a semana da comédia entre os filmes mais pirateados no mundo. Dead Pool, que havia ficado um longo período no topo da lista dos mais baixados ilegalmente online, caiu para terceiro lugar em um ranking que teve a continuação Zoolander 2 em segundo lugar e a comédia feminina Como Ser Solteira em primeiro.

Segunda colocada na semana anterior, a animação Zootopia ainda fica entre os títulos mais baixados em sites de torrent e outros, quarta posição. O filme é seguido do suspense Rua Cloverfield, 10, em quinto. Batman vs Superman, que não atendeu as expectativas de bilheteria dos produtores, persiste como um dos mais pirateados.

1. Como Ser Solteira

https://youtu.be/MxARqpiCMTc

2. Zoolander 2

https://youtu.be/4CL4LNWHegk

3. Deadpool

https://youtu.be/Q9X-bAE8KTc

4. Zootopia

https://youtu.be/prct6AB5tR8

5. Rua Cloverfield, 10

https://youtu.be/M5-feV2zeIE

6. Triplo 9

https://youtu.be/KbXZxZuXkt8

7. Batman vs Superman – A Origem da Justiça

https://youtu.be/4NQioh0rZmQ

8. Baaghi – A Rebel For Love

https://youtu.be/8HQIKJBUsQk

9. Um Tira no Jardim de Infância 2

https://youtu.be/NkfKechADow

10. Mogli – O Menino Lobo

https://youtu.be/BeAN5Tr4fnA

Como a maioria dos filmes ainda está em cartaz ou pode ser alugada em serviços online, a lista pode oferecer uma boa chance para você conhecer o que é mais popular no mundo todo e ajudar na escolha. Dito isso, lembre-se que eu não estimulo nem concordo com qualquer conteúdo relacionado à pirataria.

Filmes mais pirateados da semana (02/05/2016)

Deadpool continua no topo dos filmes mais pirateados da semana, segundo o Torrent Freak. A causa seria o vazamento da versão do filme em Blu Ray, o que garante mais qualidade ao material, algo raro para filmes recém-lançados. Isso faz com que o filme do anti-heroi fique à frente, por exemplo, de títulos mais recentes, como Batman v Superman.

Aliás, o filme de super herois da DC subiu da nona posição na última semana para a terceira, embora continue perdendo para a animação Zootopia, que permanece em segundo lugar. A novidade entre os torrents mais populares fica por conta do indiano Baaghi: A Rebel for Love, em uma lista que ainda tem os longas Mogli: O Menino Lobo, Policial em Apuros 2 e A Chefa.

1. Deadpool

https://youtu.be/Q9X-bAE8KTc

2. Zootopia

https://youtu.be/prct6AB5tR8

3. Batman vs Superman – A Origem da Justiça

https://youtu.be/4NQioh0rZmQ

4. Mogli – O Menino Lobo

https://youtu.be/BeAN5Tr4fnA

5. A Chefa

https://youtu.be/XZlhOcrsUgM

6. Triple 9

https://youtu.be/KbXZxZuXkt8

7. O Caçador e a Rainha do Gelo

https://youtu.be/AZhrnwgFwvQ

8. Policial em Apuros 2

https://youtu.be/JcxxfV2SEAM

9. Ave, César!

https://youtu.be/nGJq4U0ayTc

10. Baaghi – A Rebel For Love

https://youtu.be/8HQIKJBUsQk

É importante salientar que não estimulo nem concordo com qualquer conteúdo relacionado à pirataria. Mais do que saber quais títulos são os mais pirateados, a lista ajuda a conhecer a popularidade dos filmes e, quem sabe, dar uma chance a eles na sala de cinema – a maioria está em cartaz ou estreará em breve.

Filmes mais pirateados da semana (25/04/2016)

Nem todo mundo tem paciência, tempo ou dinheiro para ir ao cinema — especialmente aqueles que não têm carteira de estudante (os valores inteiros são absurdamente caros), não querem ter que lidar com gritos e choro de criança em filmes de animação 3D, ou só tem opções de ver o filme que querem dublado (alguns preferem legendado).

No final das contas, diversas pessoas acabam recorrendo à pirataria, algo inclusive já sugerido pelo próprio Google Now, que chegou a mostrar links para torrents do filme Deadpool a alguns usuários. Inspirando-se nestes, o site TorrentFreak divulgou uma lista com os 10 filmes mais pirateados da semana passada:

1. Deadpool

https://youtu.be/Q9X-bAE8KTc

2. Zootopia

https://youtu.be/prct6AB5tR8

3. The Jungle Book (Mogli – O Menino Lobo)

https://youtu.be/BeAN5Tr4fnA

4. Ride Along 2 (Policial em Apuros 2)

https://youtu.be/JcxxfV2SEAM

5. The Boss (A Chefe)

https://youtu.be/XZlhOcrsUgM

6. The Witch (A Bruxa)

https://youtu.be/t3DSJgJ3c-U

7. Triple 9

https://youtu.be/KbXZxZuXkt8

8. The Revenant (O Regresso)

https://youtu.be/s35_9Z4YMsU

9. Batman vs Superman – Down of Justice (A Origem da Justiça)

https://youtu.be/4NQioh0rZmQ

10. Hail, Caesar! (Ave, César!)

https://youtu.be/nGJq4U0ayTc

O filme Deadpool aparece em 1º lugar, seguido pela animação Zootopia e depois pelo The Jungle Book. A lista conta também títulos bastante populares como Batman vs Superman: Dawn of Justice.

Vale salientar que não estimulo nem concordo com qualquer conteúdo relacionado à pirataria, independente do tipo de situação em que você se encontre. Se você é realmente fã de artistas, filmes, bandas, é interessante pagar pelo seu trabalho, pois tudo que foi produzido teve investimento e precisa também de um retorno.

Entenda porque DVD’s piratas danificam seu DVD player

Os DVD’s piratas são gravados por empresas clandestinas cuja única vantagem que oferecem é vender pelo preço de 3 ou 4 locações “o mesmo filme” que é fornecido para as vídeo locadoras pelas Produtoras de Vídeo legalizadas. Milagre ninguém faz e quem compra DVD pirata pensa que está fazendo um bom negócio, mas com pouco tempo de uso o aparelho apresenta defeitos e aí se conclui que o negócio foi péssimo, porque a economia na compra de uma dúzia de filmes piratas não paga nem o conserto, nem uma só prestação na compra de um DVD Player novo.

Para “vender barato” e sobreviver na clandestinidade, os piratas não pagam tributos nem direitos autorais e minimizam seus custos utilizando mídias de qualidade duvidosa. Como o DVD pirata passa por muitas mãos até chegar ao consumidor, o lucro unitário destas “empresas” piratas é mínimo e somente gravando grandes quantidades de DVD’s esta atividade é compensadora.

Para se obter uma produção compensatória, o filme original é previamente compactado para 4.7 GB e copiado no HD do computador matriz. Este PC matriz está ligado em rede a várias CPU’s com 2 gravadores de DVD e a gravação é feita em velocidade 8X de modo a produzir a cada 7 minutos dezenas de cópias do mesmo filme.

É claro que não existe qualquer controle de qualidade destas gravações. Falhas e problemas de imagem são resolvidos trocando-se o vídeo defeituoso sem questionamentos com o consumidor.

Deixando de lado as questões ilegais da atividade, o DVD pirata lesa de cara o consumidor, porque para vender barato e ter lucro, estas “empresas” utilizam mídias de baixa qualidade gravadas em 8X. Nesta velocidade o laser “queima” a mídia superficialmente e a gravação dos pits na base de dados do DVD ficam com pouca definição obrigando o aparelho a “forçar” a leitura usando uma intensidade de laser acima do normal durante toda a reprodução do vídeo.

Ou seja, algumas dessas mídias esquentam demasiadamente, fazendo degradar os componentes da liga de baixa qualidade que é usada para o processo de fabricação, o que proporciona o famoso “descascado” e consequente perda da mídia. Com a mídia superaquecida, o gabinete do DVD player também esquenta atingindo o processador que começa a prover travamentos também.

Isso sem contar o mais grave: O sistema inteligente do aparelho aumenta a intensidade do laser “forçando” a leitura da mesma trilha durante alguns segundos quando tem dificuldade para identificar a seqüência lógica da base de dados do DVD riscado ou de baixa qualidade. Se captar os dados mínimos, pula para o frame seguinte continuando a reprodução, caso contrário trava o sistema para não danificar a unidade ótica e, neste caso, a integridade do aparelho é preservada.

Os feixes de luz projetados pela lente do aparelho são gerados por um diodo laser projetado para ter sua vida útil máxima quando utilizado entre 80 e 100 % de sua capacidade nominal. Esta intensidade pode ser aumentada pelo sistema inteligente durante alguns segundos sem causar danos, em até 300%, para “forçar” a leitura de uma trilha riscada.

Contudo, a falta de definição na gravação do DVD pirata exige que o laser funcione com 200% de sua capacidade nominal durante todo o tempo de reprodução do vídeo e isto causa uma redução substancial no tempo de vida do diodo gerador do laser e dos foto diodos que captam os feixes refletidos pelo DVD.

Resumindo: O DVD pirata encurta a vida útil do aparelho porque a leitura “forçada” do vídeo durante mais de uma hora provoca o super aquecimento da unidade ótica e de todo o sistema, com consequentes danos em vários componentes, inclusive com possibilidade de travamento do aparelho até que sua temperatura volte ao normal.

Portanto, para preservar a vida útil do seu DVD Player ao efetuar cópias, use sempre mídias de boa qualidade e jamais grave em velocidade superior a 4X.

Estudo diz que pirataria de músicas ajuda na venda de CDs

Uma pesquisa realizada por um economista da Universidade do Estado da Carolina do Norte, EUA, revelou que a pirataria espalhada pelo BitTorrent colabora mais do que atrapalha com a venda de músicas, ao contrário do que acredita a indústria fonográfica.

Quem publicou essa novidade foi Robert Hammond, professor assistente da universidade e autor da pesquisa. Ele declarou que os outros documentos que dizem o contrário sobre o assunto não tiveram um acesso tão grande a dados precisos como ele teve, por isso a diferença. Outro fator que faz o resultado ser completamente diferente do esperado é que foram considerados álbuns completos, enquanto outras pesquisas usavam apenas músicas individuais.

As informações foram coletadas entre maio de 2010 e janeiro de 2011. Esses dados foram comparados com o número da venda dos CDs nas lojas, e assim foi construído um modelo de previsão do efeito da pirataria sobre a indústria.

Foram considerados 1.095 álbuns e 1.075 artistas. O foco maior foi nos álbuns que vazaram antes do lançamento. “As descobertas sugerem que o compartilhamento de arquivos de um álbum beneficia as vendas do disco. Em nenhum instrumento ou especificação, eu encontrei evidências de algum efeito negativo”, disse Robert.

Fonte: Superdownloads

“Legendadores piratas” trabalham por paixão e sem ganhar dinheiro; conheça a atividade

Os legendadores já são populares na internet. Não, não estamos falando dos profissionais, contratados pelas distribuidoras de filmes ou canais de TV por assinatura. Nosso foco é o submundo dos legendadores, que se organizam em grupos para realizar um trabalho anônimo e altruísta. São mais de 30 equipes em todo o país que tornam disponíveis dezenas de legendas todas as semanas em vários sites diferentes. O problema é que a atividade é considerada pirataria. Mesmo assim, uma grande demanda de fãs, ávidos por assistir às séries antes mesmo de passarem oficialmente no Brasil, alimenta a prática.

Em fevereiro de 2009, a Associação Antipirataria Cinema e Música (APCM) pediu aos administradores do servidor que hospedava o site Legendas.TV, o mais popular entre os fornecedores, para que retirassem a página do ar. Eles alegaram que os legendadores não possuíam nenhum direito sobre as produções e que muitos apropriavam-se das legendas e  as comercializavam indevidamente. O pedido foi atendido, mas em menos de um mês as atividades já haviam sido restabelecidas. Durante o tempo de inatividade, inúmeros fóruns online foram inundados com protestos de gente que clamava pela “matéria-prima” oferecida pelo site.

“Quando um usuário faz a legenda não autorizada de uma obra audiovisual, ele fere o trabalho de toda uma cadeia produtiva: produtores, autores, atores, atrizes, câmeras, roteiristas, diretores, marketeiros, produção de fábrica, do próprio tradutor e etc.”, declarou em nota a APCM, na ocasião do pedido de fechamento do site.

Os legendadores parecem não se importar com a questão legal: “Sabemos que as leis brasileiras não são muito claras em relação ao nosso trabalho. Apesar de nos basearmos no produto de outra pessoa, estamos disseminando cultura e conhecimento. Além disso, alimentamos um mercado carente, que não consegue suprir a demanda dos fãs, que querem agilidade e qualidade”, diz o legendador deGroote, de apenas 16 anos, que preferiu manter-se no anonimato.

Equipes

Eles são jovens, pertencem à classe média, a maioria está na faculdade, são cinéfilos, fãs de séries televisivas e fazem tudo por prazer. Constituem equipes que convivem em uma paz relativa — grupos maiores já foram fragmentados por conta de brigas internas. São motivados por um altruísmo digno de análises profundas da psicologia. Psicopatas, inSubs, SubsFreaks, N.E.R.D.S, United, Geeks, Darkside, ArtSubs, Insanos são nomes de algumas equipes que realizam o trabalho voluntário. Elas são informais, mas a estrutura que faz todo o esquema funcionar é bastante organizada e hierárquica.

MatheusT, administrador da inSubs, explica que as regras são muito bem definidas, caso contrário o trabalho seria inviável. Segundo ele, a maioria das equipes segue o mesmo padrão: na base encontram os tradutores e sincronizadores, que levam até 10 horas passando para o português um episódio de 40 minutos. Logo depois vêm os revisores que assistem a tudo atentamente para não deixar passar nenhum erro. Geralmente os revisores são cargos de confiança dos administradores, os responsáveis e líderes da equipe. Ao todo, a inSubs possui cerca de 40 membros ativos, que legendam de 5 a 15 episódios de séries por semana.

“Nossa meta é sempre fazer o trabalho com a melhor qualidade possível. Grana, não ganhamos nunca. Fama, nem tanto, pois nosso trabalho ainda não é tão divulgado. Fazemos é por puro prazer de legendar e ver um trabalho bem feito, depois de tantos anos vendo legendas mal feitas na televisão e no cinema”, diz Flaviamar, outra administradora do inSubs.

Já o adolescente deGroote diz que está na atividade por pura amizade: “Entrei porque queria ajudar com a série que gostava, como quase todo mundo, mas a coisa foi evoluindo e hoje formamos uma equipe. Uma equipe que se gratifica quando recebe um comentário legal e tem o trabalho reconhecido. Você sente que está fazendo alguma coisa importante”. Palavra de quem desde os 14 anos é membro do DarkSide. Ele explica que cada série possui um membro responsável e que o único pré-requisito é “querer fazer”. O legendador precisa ter tempo hábil e conhecimento razoável dos idiomas, tanto estrangeiro quanto nacional (o que eles adquirirem, na maioria das vezes, por pura prática).

“Um responsável por alguma série tem que realmente agarrar com unhas e dentes e levar aquilo nas costas. É ele que manda. Ele delega as atividades aos revisores, sincronizadores. Geralmente quem é o responsável tem um cargo maior, tipo administrador, mas isso não é regra”, completa deGroote.

Os membros das equipes se tornam tão próximos, que a relação pode ir além da amizade. O adolescente deGroote descreve o caso de dois legendadores que marcaram casamento após se conhecerem no universo das traduções e sincronizações. O casal não gosta de conceder entrevistas, mas os parceiros confirmam o caso amoroso.

Aliás, anonimato é item fundamental. Quando a identidade vem à tona, pode acontecer como o caso de um rapaz, cujo pai, um militar que, ao comprar um filme no camelô, reconheceu o apelido do filho que figurava entre os revisores: “Por ordem do pai, o garoto foi proibido de legendar e nunca mais participou da equipe”, confirma deGroote, que fez questão de deixar claro a desaprovação de todos os legendadores sobre a comercialização do trabalho.

Lost

A série Lost tem o mérito de ter tornado essa indústria informal quase profissional. A prática já existia antes de sua estreia, mas os mistérios da ilha faziam com que os fãs da série ficassem malucos em busca das respostas e não aguentassem esperar até que o canal pago, detentor dos direitos de exibição, traduzisse e exibisse os episódios com meses de diferença em relação à exibição nos EUA.

Logo após os episódios serem exibidos nos EUA, os legendadores varavam as madrugadas para entregar um serviço de qualidade no menor tempo possível. Muitas vezes, a tradução completa do episódio ficava pronta em menos de 12 horas. Lost não é mais produzida, mas deixou um legado e uma cultura que vem transformando a indústria da TV paga no Brasil e a maneira de assistir às séries.

Futuro

Quando indagado sobre o futuro do trabalho dos legendadores, MatheusT, administrador da inSubs é taxativo: “A distribuição do conteúdo era bem diferente na época em que as leis foram concebidas. Enquanto a legislação e a indústria não se adaptarem à internet e a facilidade de acesso ao conteúdo que ela traz, haverá legendadores, e não há nenhum problema nisso”.

 O passo a passo dos legendadores

Líder Algum membro da equipe precisa demonstrar interesse pela série. Caso aprovada, essa pessoa passa a ser o responsável pela produção das legendas, por convocar tradutores e sincronizadores (os cargos básicos da hierarquia) e estabelecer uma espécie de escala de trabalho. Toda a comunicação é feita por e-mail.
“Virgens” Os episódios “virgens” (como são chamados logo depois a exibição no país de origem) são captados por membros da equipe em sites ou redes de compartilhamento estrangeiras, especializados em fornecer o material minutos após ter ido ao ar.
Tradução Em posse dos episódios “virgens”, os legendadores começam um processo de tradução que pode levar, dependendo da prática da pessoa, até 40 minutos a cada 10 de série. Em alguns casos, os tradutores acompanham a exibição da série em tempo real, disponibilizada por alguns sites estrangeiros, para adiantar no processo.
Manual O tradutores seguem manuais bastante detalhados sobre o processo de legendagem. Alguns desses guias estão disponíveis para download na internet e contém mais de 30 páginas que explicam o passo a passo. Número máximo de caracteres por linha da legenda e tempo de exposição do texto na tela são preocupações bastante comuns nesta etapa.
Sincronia Depois de traduzida (tarefa que pode ser realizada por vários membros da equipe) o episódio passa por um processo de sincronização, para que falas correspondam com o que está escrito na tela.
Revisão A próxima etapa fica a cargo dos revisores, que assistem a todo o episódio atentamente e corrigem possíveis erros de ortografia e sincronia. O revisor também uniformiza a legenda para evitar que palavras e expressões características dos personagens variem muito de episódio para episódio. O revisor é bastante valorizado dentro da equipe. Geralmente o cargo é ocupado por pessoas de confiança dos administradores
Legendas.TV

Depois de revisada, a legenda está pronta para ser publicada. O tempo máximo de legendagem tolerado pelas equipes é de 24 horas para as séries mais populares. Para as secundárias, o prazo é mais flexível: entre 2 e 7 dias. O principal meio de divulgação é um site chamado Legendas.TV, uma espécie de portal das legendas. O site está entre os 130 mais acessados do Brasil e chega a ter quatro mil usuários conectados ao mesmo tempo (Fonte: Alexa.com).

Compartilhar não é crime

Sinto-me obrigado a comentar a Lei de Economia Digital do governo do Reino Unido. Essa nova lei é falha, pois pune os internautas que compartilham músicas. Temos de superar a ideia de que compartilhar música é um roubo. A obsessão por controle, o combate à pirataria e os formatos proprietários criados pela indústria apenas enfurecem os fãs de música.

A solução é parar de tentar vender as músicas por um preço definido. A indústria da música tem de pensar como um wiki. A música deve ser um serviço, não um produto. Em vez de comprar faixas, você poderia pagar uma pequena quantia mensal – vamos estimar cerca de 5 dólares – para acessar todas as músicas do mundo. As gravações seriam enviadas para você sob demanda, pela internet, para qualquer equipamento.

Todo consumidor teria seu canal e poderia fazer pesquisas no enorme banco de dados musical do jeito que quisesse – por artista, gênero, popularidade e assim por diante. O seu canal daria sugestões de acordo com seu gosto. Também seria possível ter acesso a um playlist com as favoritas do Mick Jagger, por exemplo.

Músicos, compositores e gravadoras seriam compensados por meio de sistemas que analisam sua popularidade. O bolo seria dividido entre eles de acordo com o número de vezes que a música fosse transmitida. Isso solucionaria o problema de direitos autorais. Ninguém mais iria “roubar” música. Por que tomar posse de uma música se você pode ouvi-la a qualquer hora, em qualquer equipamento?

Outras propostas poderiam solucionar o problema, mas elas também vêm de um pensamento do mundo wiki, de espírito de colaboração. Os especialistas em propriedade intelectual William Fisher e Neil Netanel argumentam que os sites P2P deveriam receber autorização para distribuir música gratuitamente. E quem pagaria por isso seriam os provedores de internet e os fabricantes de equipamentos. Outra iniciativa é a da Electronic Frontier Foundation, que propôs uma licença que daria ao comprador a imunidade de processos por compartilhamento de arquivos. Mais uma vez, as taxas cobradas para obter a licença remunerariam os artistas.

Pensamentos como esses têm o apoio de um número crescente de músicos. A Associação de Compositores do Canadá, por exemplo, está propondo uma taxa de 4 dólares mensais para acessar as músicas por demanda, que seria administrada pelos provedores de internet.

Em vez de criar novas propostas para o entretenimento digital, a legislação do Reino Unido mostra a persistência em um modelo de negócio ultrapassado. Assim, a indústria que nos trouxe os Beatles é odiada por seus consumidores e está entrando em colapso.

Fonte: Info Digital