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Importância dos Tablets e E-Readers no cotidiano

A tecnologia evoluiu bastante desde a década de 80. Quem não se atualizou, hoje está perdido com o tanto de dispositivos eletrônicos que temos disponíveis no mercado. Os próprios telefones móveis fazem muito mais do que ligação, tornando-se mini-computadores que cabem na palma da mão.

No entanto, quando queremos um aparelho para utilização diária, sem se importar se ele faz ligações ou não, devemos, sem dúvida, apostar nos tablets. Eles foram desenvolvidos para ter o máximo de performance no menor espaço possível, garantindo ótima usabilidade e trazendo diversos benefícios ao dono do mesmo.

Outro aparelho que surgiu como uma variação dos tablets foi o E-Reader. Este dispositivo nada mais é do que um leitor de livros virtuais! Isso significa que ele pode ter centenas de livros e revistas no seu HD, permitindo a leitura dos mesmos na palma da mão.

Pessoas mais antigas queixam-se de que não é nada necessário tê-los hoje em dia. Elas não poderiam estar mais enganadas!

3 benefícios dos tablets e E-readers

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Ao contrário do que muitas pessoas pensam, eles não são meros equipamentos de status, criados para que os executivos e riquinhos ostentem o que há de mais recente no mercado. Há diversas utilidades que todas as pessoas, independente da classe social e idade, podem aproveitar!

Algumas serão abordadas abaixo e você pode adicionar outros pontos positivos dos tablets e E-readers nos comentários.

1. Informações em tempo real

Com um tablet em mãos, você não precisa estar conectado a um notebook ou computador o dia inteiro! Todas as notícias, e-mails e informações mais importantes podem ser recebidas em tempo real pelo dispositivo.

Basta uma rede Wi-Fi e você poderá utilizá-lo tão bem quanto utiliza um computador. Principalmente para quem gosta de investimentos, ficar antenado nas cotações e variações é importantíssimo!

2. Leveza e pequenez

Chega de equipamentos pesados e desconfortáveis; aposte em tablets e E-readers. Eles podem caber no seu bolso ou em algum compartimento qualquer de sua mochila, sem adicionar muito peso.

Esse é um dos melhores benefícios, pois você nem sequer sente que está com tal aparelho em mãos, já que é pequeno e leve, passando despercebido.

3. Apoio à leitura

Nem sempre é fácil levar um livro de 500 páginas para todos os cantos. Nestes casos, os tablets, mas, especialmente os E-readers, fazem a diferença. Em um aparelho pequenino, você terá centenas de páginas prontas para serem lidas.

O melhor de tudo é que mesmo estando em um local escuro, a própria luz da tela permite a leitura, enquanto a leitura de livros em papel torna-se impossível!

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12 perguntas e respostas sobre os celulares 4G

A Anatel realizou, nesta terça-feira, o esperado leilão de frequências para a implantação da telefonia 4G no Brasil.

Com ele, está dada a largada para que os telefones celulares, tablets e demais equipamentos móveis entrem numa nova fase no país. O acesso veloz à internet em qualquer lugar deve levar ao aparecimento de uma variedade de novos serviços. Veja doze perguntas e respostas sobre a telefonia 4G.

1 — Que benefícios o 4G traz para o consumidor?

O benefício principal do 4G é o acesso à internet mais rápido. Essa tecnologia deve permitir, por exemplo, assistir a vídeos de alta qualidade em serviços como YouTube e Netflix, via internet móvel. Também deve melhorar muito o funcionamento de serviços de bate-papo com vídeo, como o Skype.

2 — Na prática, como o 4G se compara ao 3G?

Embora, na teoria, possam chegar a 14,4 megabits por segundo (Mbps), conexões 3G raramente vão além de 2 Mbps. Já a internet via 4G costuma chegar perto de 20 Mbps nos países onde já está disponível. Ou seja, o 4G é cerca de dez vezes mais veloz que o 3G.

3 — Quando o 4G vai estar disponível no Brasil?

As operadoras devem ativar as redes 4G em várias etapas, seguindo um cronograma elaborado pela Anatel. Veja algumas datas:

– Abril de 2013 – Redes 4G devem começar a funcionar em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.

– Dezembro de 2013 – É a vez de Cuiabá, Curitiba, Manaus, Natal, Porto Alegre e São Paulo.

– Maio de 2014 – Todas as capitais e outras cidades com mais de 500 mil habitantes devem ter 4G.

– Dezembro de 2015 – O 4G deve chegar aos municípios com mais de 200 mil habitantes.

– Dezembro de 2016 – É a vez das cidades com mais de 100 mil habitantes.

– Dezembro de 2017 – Localidades com mais de 30 mil habitantes deverão ter pelo menos uma operadora com 4G.

4 — Isso significa que, em 2013, todos os bairros de Brasília, por exemplo, terão 4G?

Não. No início, as conexões de quarta geração poderão estar disponíveis apenas nos bairros mais centrais. Com o tempo, a cobertura será estendida a mais lugares.

5 — Todos os celulares são compatíveis com redes 4G?

Não. No momento só alguns modelos de smartphones – como o Galaxy S III, da Samsung, e o Lumia 900, da Nokia – estão disponíveis em versões compatíveis com 4G. Essas versões 4G ainda não estão à venda no Brasil. Mas devem chegar quando as operadoras ativarem suas redes de quarta geração.

6 — Um celular 4G comprado no exterior vai funcionar no Brasil?

Não necessariamente. A telefonia 4G usa faixas de frequência de rádio que não são iguais em todos os países. Assim, é possível que um celular ou tablet 4G comprado em outro país não funcione em 4G no Brasil. O novo iPad, da Apple, por exemplo, não é compatível com a faixa de frequências adotada no Brasil.

7 — Meu celular ou tablet 4G terá acesso à internet via 3G?

Sim. Todos os celulares 4G são compatíveis também com redes 3G e 2G.

8 — Todos os serviços anunciados como 4G são mesmo 4G?

Há discussões sobre isso. Um definição oficial da União Internacional de Telecomunicações (ITU) diz que uma linha 4G deve oferecer acesso à internet a 100 Mbps em deslocamento rápido (num carro ou trem) e 1 (Gbps) imóvel. Mas os serviços atuais chamados de 4G pelas operadoras trabalham em velocidades menores que essas. A ITU já admite chamá-los de “4G”, considerando-os como serviços de transição para futuras redes mais velozes.

9 — Os planos de telefonia 4G serão mais caros que os 3G?

No início, sim. Com o tempo, porém, planos que incluem 4G tendem a se tornar a opção padrão das operadoras, com preços que não se diferenciam muito dos do 3G.

10 — Por que a Anatel teve de fazer um leilão para implantar o 4G?

Para montar uma rede 4G, a operadora precisa ter uma faixa de frequências de rádio reservada para isso. Como as frequências disponíveis são limitadas, a disputa para usá-las é muito acirrada. O espectro de radiofrequências é uma espécie de patrimônio público do país. Assim, faz sentido que as operadoras paguem para usá-lo. O leilão é uma maneira prática de receber esse pagamento e decidir qual operadora tem direito a usar qual frequência.

11 — LTE e 4G são a mesma coisa?

Não. Long Term Evolution ou LTE é uma das tecnologias usadas na implantação de redes de quarta geração. É a que está sendo adotada no Brasil. Em alguns países, existem redes 4G baseadas em outras tecnologias, como WiMAX.

12 — Existem redes 5G?

Há estudos sobre como poderá ser uma rede de comunicações móveis ainda mais avançada que a 4G. Mas o nome 5G é usado apenas informalmente. Não há nenhum padrão de telefonia oficialmente chamado de 5G. Desde que os primeiros celulares surgiram, em 1981, tem aparecido uma nova geração a cada década (2G em 1992, 3G em 2001 e 4G em 2011). Assim, a próxima geração só deve começar a se materializar depois de 2020.

Fonte: Info Online

O que importa na hora de comprar um tablet

Depois do sucesso do iPad, o mercado de tablets explodiu. O aparelho da Apple não inventou a categoria: notebooks “conversíveis” com telas sensíveis ao toque e reconhecimento de escrita, rodando Windows, já existiam há alguns anos, mas o iPad foi o primeiro tablet a fazer sucesso entre os consumidores e com seu baixo peso, tela enorme e longa autonomia de bateria praticamente definiu o que se espera de um tablet moderno.

Praticamente todos os fabricantes, de A (Acer) a Z (ZTE), tem um tablet nas lojas, ou planos para lançar um muito em breve. As configurações são as mais variadas possíveis, indo de aparelhos com telas de 7″ até as 10.1″, assim como a faixa de preço: você pode pagar R$ 350 por um tablet de procedência desconhecida ou R$ 2.600 por um iPad 2 com 3G e 64 GB de memória interna.

Com tantas opções fica difícil escolher, e erra quem pensa que todos os tablets são iguais. Um modelo com câmera de 5 MP é realmente melhor que um com câmera de 3 MP? 3G é mesmo necessário? Tela de 7″ ou de 10″? Para responder a estas perguntas elaboramos este guia, com o que não importa, o que às vezes importa e o que realmente importa na hora da compra.

Preço e capacidade de memória: fique de olho

Cuidado com as “pechinchas”: as lojas estão cheias de tablets “baratinhos” de fabricantes desconhecidos que são um verdadeiro desperdício de dinheiro. Há alguns pontos em comum: todos tem uma tela de 7″, aceitam “modem 3G” (geralmente com o uso de um adaptador), e se parecem com um iPad que encolheu (com direito ao botão “Home” logo abaixo da tela). Alguns tem até TV (digital ou analógica), e todos tem um preço atraente: entre R$ 350 e R$ 600 reais.

Mas o maior ponto em comum é que todos são horríveis. A tela usa tecnologia resistiva e não responde bem aos toques. A qualidade de imagem é ruim. O desempenho é baixo, mesmo em tarefas simples como a navegação na web (se puder, tente acessar um site como o nosso e role a tela. Se o tablet engasgar, fuja). E a autonomia de bateria é invariavelmente ruim, às vezes menos de duas horas por carga, com tempo de recarga de 4 horas ou mais. Um bom exemplo destes aparelhos é o Smart Tablet T7 da Digital Life.

Comprar um tablet destes é certeza de decepção. Sabemos que o preço às vezes é irresistível, e é fácil tentar racionalizar a escolha pensando “Ah, não vou usar muito”, mas seja forte. A dica é: se você nunca ouviu falar da marca, não compre.

Quanto à memória, vale o ditado: “Cautela, canja de galinha e espaço em disco não fazem mal a ninguém”. Tablets são dispositivos para consumo de mídia, como vídeos e fotos, e estes arquivos exigem muito espaço em disco. Na hora de decidir a compra, opte pelo modelo com a maior capacidade de memória que puder.

16 GB é um começo, mas quando mais, melhor. Se o tablet tiver entrada para cartões microSD, melhor ainda: significa que se você abarrotar a memória interna de músicas pode expandí-la com cartões que são pequenos e fáceis de encontrar, e estão disponíveis em modelos com capacidade de até 32 GB.

O que não importa

Câmera: na maioria dos tablets atualmente no mercado a câmera serve mais como uma “conveniência” para que você não perca um momento, do que como um recurso realmente importante.

Os tablets são desajeitados demais para substituir uma câmera de bolso, e mesmo os sensores de 5 MP na maioria dos modelos com o sistema operacional Android produzem imagens de qualidade apenas mediana, que não se igualam às produzidas por um bom smartphone ou mesmo uma câmera digital doméstica básica. O mesmo vale para o “vídeo em HD” gravado pelos aparelhos: a resolução é realmente HD (1280 x 720 pixels), mas a qualidade da imagem (em termos de cor, nitidez, contraste e exposição) deixa a desejar.

O que às vezes importa

Tamanho e peso: O tamanho e o peso de um tablet influenciam com que frequência e como ele será usado. Se ele for grande e pesado demais, você irá pensar duas vezes antes de colocá-lo na bolsa em uma viagem. Se a tela for pequena demais, pode não ser o ideal para quem quer jogar ou assistir filmes.

Por isso, é importante pensar em como você irá usar o tablet. Se você pretende usá-lo como livro eletrônico (e-Book), para ler e-mails, navegar na web e acessar redes sociais, um modelo leve e com tela de 7″ como o Samsung Galaxy Tab original ou Positivo Ypy 7″ pode ser o suficiente. Se pretende assistir filmes e séries ou jogar, é melhor investir em um aparelho com tela de 10″ como o Motorola Xoom. Modelos com tela de 8.9″ são um meio-termo bastante interessante, mas no momento só há um modelo nessa categoria no mercado nacional, o Samsung Galaxy Tab 8.9″ 3G.

Conexão 3G: Outro recurso que depende da forma de uso. Conexão à internet em qualquer lugar é com certeza uma idéia interessante, mas lembre-se de que você precisará contratar um plano de dados com uma operadora, o que implica em um custo mensal. E aparelhos com 3G integrado são um pouco mais caros que as versões apenas com Wi-Fi.

Se você vai usar o tablet apenas em casa, não precisa de um modelo com 3G. Mas se planeja usá-lo “na rua” durante o dia todo, 3G é essencial para se manter conectado. Se você tem um smarthone Android ou um iPhone, tem uma terceira opção: comprar um modelo Wi-Fi e compartilhar a conexão 3G do celular com o tablet via “Tethering”, recurso também chamado de “Ponto de Acesso Móvel”, “Roteador Wi-Fi” ou “Wireless Hotspot”.

O que realmente importa

Autonomia de bateria: Tablets são a representação perfeita da computação móvel, mas não há mobilidade se você precisa procurar uma tomada a cada duas horas. A autonomia de bateria de um tablet deve ser de no minimo seis horas, quanto mais melhor.

Aplicativos: Seu tablet pode ter um processador quad-core, câmera de 12 MP e 256 GB de memória interna com conexão 5G. Mas mesmo assim vai ser um peso de papel se você não tiver software, ou “apps”, para rodar nele. São elas que permitem que você navegue na internet, leia e responda a e-mails, atire pássaros enfurecidos contra porcos ou assista vídeos. No final das contas o hardware é apenas uma “janela” para o software.

Nesse ponto o sistema da Apple, o iOS, leva larga vantagem: já são mais de 140 mil aplicativos otimizados para o iPad e iPad 2, segundo a empresa. Tablets com o sistema Android 3.x “Honeycomb”, da Google, saem perdendo com um catálogo muito menor, embora a Google não divulgue números detalhados. Isso não quer dizer que não há aplicativos, apenas que a variedade é menor. Felizmente a situação tende a melhorar, especialmente com a chegada do Android 4.x “Ice Cream Sandwick”.

Não importa se rodam Windows, iOS ou Android, os tablets são uma evolução natural da idéia do computador pessoal e vieram para ficar. E com um pouco de cuidado na escolha, você também poderá tirar proveito de toda a praticidade e versatilidade que eles tem a oferecer. Boas compras!

Cinco grandes mancadas da Microsoft

A trajetória da Microsoft confunde-se com a história da computação pessoal e a disseminação de tecnologias simples e inteligíveis para cidadãos comuns, que nunca passaram perto de um laboratório de tecnologia.

Não à toa, a companhia fundada por Bill Gates e Paul Allen figura há duas décadas entre as mais valiosas e lucrativas do mundo e, apesar das drásticas mudanças no mercado de software e hardware, segue relevante, inovadora e fornecendo o sistema operacional de 9 em cada 10 computadores pessoais no mundo.

Ninguém atinge esse gigantismo, no entanto, sem tropeçar no caminho. No caso da Microsoft, os tropeços foram devidamente explorados por uma legião de detratores que adoram detonar o que consideram um ícone do malévolo capitalismo monopolista. Abaixo, cinco tropeços históricos.

Windows 98 trava em apresentação ao vivo

Durante uma demonstração ao vivo do então novíssimo “Windows98” uma falha fez o PC travar e exibir uma certa tela azul que assombra os desenvolvedores da Microsoft até hoje. “Acho que precisamos trabalhar um pouco mais nisso”, pontuou Gates.

Windows Vista chega ao varejo cheio de pepinos

A Microsoft estava sob pressão após adiar, mais de uma vez, a já demorada estreia do sucessor do Windows XP. Quando chegou às lojas, no entanto, o Windows Vista sofreu uma avalanche de críticas dos consumidores e nunca foi adotado em massa por empresas.

Além de demorar demais para carregar, o Vista apresentou centenas de problemas de compatibilidade com hardware variados e software de diversos tipos.

Em 2009, às vésperas da estreia do Windows 7, um figurão da Microsoft veio a público admitir, em linguagem diplomática, o relativo fiasco que foi o Vista. “Este foi nosso produto menos bom”, disse Charles Songhurst, diretor de relações com investidores da Microsoft, em conferência com investidores.

“Ninguém vai comprar o iPhone”

A genialidade de Steve Ballmer no mundo dos negócios e sua capacidade de fazer a Microsoft obter lucros ano após ano o credenciaram para substituir a Bill Gates no posto mais importante da companhia, quando Gates anunciou sua aposentadoria. Ballmer nunca teve, no entanto, a cortesia e prudência de Gates ao dar entrevistas ou falar em público.

Quando questionado, em 2007, sobre a recente inovação da Apple, o iPhone, Ballmer fez troça e asseverou que ninguém pagaria US$ 500 por um telefone que não tem sequer teclado. Só no primeiro ano de vendas, o iPhone anotou 4 milhões de unidades comercializadas, de acordo com números do Gartner.

Windows 7 trava ao vivo

O dia 22 de outubro de 2009 foi uma data especial para a Microsoft. A estreia do Windows 7 aconteceu cercada de elogios da mídia especializada em todo o mundo e com ótimo desempenho nas pré-vendas. Exceto no Japão.

Por lá, um programa de TV tentou mostrar como funciona o novo sistema operacional. O número de vezes que o apresentador diz “sumimasen” (desculpe-me) deixa perceber que a exibição não foi bem sucedida.

Microsoft distribui laptops para blogueiros

Em uma desastrada ação de marketing nos Estados Unidos, executivos da Microsoft decidiram distribuir lindos laptops Acer Ferrari a blogueiros especializados em tecnologia.

Oficialmente, a justificativa foi permitir que esses formadores de opinião tivessem contato com as maravilhas do Windows Vista e deixassem de falar tão mal do sistema operacional.

A distribuição de laptops pegou mal e muitos blogueiros recusaram o presente, alegando ser o notebook um “brinde” caro demais. Quem aceitou, teve sua reputação questionada pelos leitores. Afinal, dá para receber um presentão desses e escrever posts imparciais?

Internet móvel pré-paga no Brasil: um comparativo entre as principais operadoras

O Brasil está se tornando um “país conectado”, muito em parte graças ao acesso à internet móvel. Além de ser mais flexível do que as conexões residenciais, elas são cada vez mais baratas, disponíveis até em planos pré-pago. Por conta deste fácil acesso, o número de pessoas conectadas a redes sociais, serviços de mensagens instantâneas e e-mails em qualquer lugar tem aumentado em um bom ritmo. Mas… qual desses planos é o mais vantajoso para você usar no seu smartphone?

Vamos fazer uma análise das atuais ofertas das quatro principais operadoras brasileiras, demonstrando como está o cenário da internet móvel pré-paga no Brasil. Vamos mostrar as principais características, e os prós e contras de cada plano. Você verá que existem serviços para todos os tipos de usuários e smartphones – mesmo pra quem tem um smartphone “top” e não quer gastar muito com um plano de dados.

Mas, antes vale lembrar que para alguns perfis de uso, e principalmente em alguns smartphones, o uso da internet pré-paga é apenas um recurso de emergência. Entendemos que o propósito de nossa análise é orientar o consumidor que não pode (ou não quer) gastar muito dinheiro em um plano de dados, mas que deseja estar minimamente conectado para suas atividades online. Por outro lado, não adianta muita coisa você adquirir um smartphone como o iPhone, o Galaxy S II ou o Motorola RAZR se você não contratar um bom plano de dados. Apesar de alguns planos descritos a seguir permitirem um uso satisfatório com os smartphones “top” de linha, recomendamos que o usuário considere a possibilidade de adquirir um plano de dados pós-pago, onde o limite de dados e a velocidade ofertada são maiores.

Outro detalhe a ser considerado: os ajustes de consumo de dados nos smartphones (independentemente do tipo de aparelho) também é um fator relevante na hora de escolher seu plano. Telefones capazes de gerenciar com eficiência o consumo de dados, com opções que desabilitem a conexão quando o telefone ficar em stand-by, são altamente recomendados para quem contrata planos de internet pré-pagos. Além de controlar o volume de dados, oferecem uma melhor relação custo-benefício no final do mês.

Por fim, alguns aplicativos específicos, como o Opera Mini e o WhatsApp possuem um consumo menor de dados. Vale a pena o usuário dar preferência aos programas que comprovadamente consomem uma menor quantidade de dados. Assim você terá um bom equilíbrio na relação “preço pago/serviço oferecido”, já que você pode otimizar o desempenho de sua conexão – principalmente para o caso de você contratar um pacote com redução de velocidade depois de um período determinado de uso.

Dito isso, segue abaixo observações sobre os planos ofertados pelas principais operadoras nacionais.

Vivo

Internet no Vivo Pré/Controle

Preço: R$ 9,90/mês
Tipo de conexão: 3G/GPRS/EDGE ilimitada (com redução de velocidade)
Pacote de dados: 20 MB
Velocidade: até 1  Mbps (no limite de 20 MB de dados; depois desse limite, a velocidade é reduzida para 32 Kbps)

O Vivo Pré surgiu como uma alternativa aos usuários do serviço Vivo ON, que desejavam uma maior liberdade de acesso à web, mas que ao mesmo tempo não querem pagar muito por um acesso simples a partir do seu celular ou smartphone. Com esse tipo de conexão o usuário não fica limitado apenas às redes sociais e e-mails, mas pode navegar por todo e qualquer tipo de conteúdo na internet, sem nenhum tipo de cobrança adicional.

O serviço é um dos mais baratos entre as operadoras, custando R$ 0,33 por dia de acesso. Porém, diferentemente de outras operadoras, o Vivo Internet Pré Ilimitado obriga o usuário a assinar o pacote de acesso pelo mês todo, sem contar com uma opção de cobrança avulsa pelo dia acessado (algo mais vantajoso para boa parte dos usuários).

Uma das vantagens do serviço é que ele oferece a velocidade mais alta entre os planos pré-pagos (1 Mbps). Porém, a alegria dura muito pouco: o serviço só garante essa velocidade até o consumo de 20 MB de dados. Ultrapassado esse limite, você vai ter que se contentar com uma velocidade de 32 Kbps até o final do período de 30 dias contratados. No início de um novo ciclo, o valor correspondente ao plano é debitado dos créditos do usuário, e a velocidade máxima é restabelecida.

Recomendado para:
os usuários que só vão acessar e-mails e redes sociais ocasionalmente, em telefones com baixo consumo de dados. Para quem utiliza as redes sociais de forma mais intensa e deixa o serviço de pushmail do iPhone ligado, esse pacote de dados só vai funcionar de forma plena por poucos dias. Depois disso, com a queda de velocidade, o serviço se torna inviável para os mais exigentes. Veja mais informações.

Oi

Oi Dados (para Oi Celular e Oi Controle)

Preço: R$ 9,90/mês, R$ 2,90/semana, R$ 0,50/dia
Tipo de conexão: 3G/GPRS EDGE ilimitada (com redução de velocidade)
Pacote de dados: 30 MB (mensal), 15 MB (semanal), 5 MB (diário)
Velocidade: até 1 Mbps (no limite de dados previamente estabelecido; depois desse limite a velocidade é reduzida para 50 Kbps)

É uma variante da proposta oferecida pela Vivo, mas com maior flexibilidade de preços e opções. Aqui o usuário pode escolher qual o período de acesso que deseja, com o valor que melhor cabe no bolso, dependendo do seu propósito de uso. Além disso, a oferta de internet pré-paga da Oi pode ser integrada a outros pacotes de serviços, trazendo uma combinação de produtos e funcionalidades da operadora.

A opção de conexão mensal possui um pacote de dados um pouco maior do que aquele ofertado pela Vivo, mas não muito: apenas 30 MB. Ao ultrapassar esse consumo, o usuário ficará limitado a uma conexão com velocidade de 50 Kbps até o final do período. A regra de redução de velocidade vale também para os pacotes semanal e mensal.

A vantagem da Oi é permitir que o usuário faça a contratação avulsa do serviço, de acordo com a sua necessidade. Para aqueles que não precisam de uma internet móvel, recomendamos a prática da contratação diária. A relação preço/pacote de dados é melhor (R$ 3,50/35 MB por semana, contra R$ 2,90/15 MB por semana), e oferece um uso mais completo do celular ou smartphone. Mesmo assim, o pacote diário oferece apenas a metade do volume de dados de alguns concorrentes.

Recomendado para: os usuários que não vão utilizar a internet móvel todos os dias. Para aqueles que só precisam acessar a web em dias e situações específicas, e para proprietários de smartphones que possuem um uso moderado de dados (e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais). Veja mais informações.

Tim

Tim Infinity Web Pré

Preço: R$ 0,50/dia
Tipo de conexão: 3G/GPRS/EDGE ilimitada (com redução de velocidade)
Pacote de dados: 10 MB/dia (ou 300 MB/mês)
Velocidade: até 300 Kbps (no limite de dados previamente estabelecido; depois desse limite, a velocidade é reduzida para 50 Kbps)

A Tim foi pioneira na proposta de internet pré-paga ilimitada no Brasil. Lançou o serviço em 2010, e hoje se tornou um dos pilares de serviços oferecidos pela operadora, que também integra serviços de torpedos e chamadas ilimitadas aos seus serviços (de Tim para Tim).

Diferentemente dos serviços da Vivo e da Oi, não é necessário se cadastrar previamente para a usar a conexão, pois o serviço está automaticamente inserido na linha do usuário. Ou seja: assim que você compra o chip, basta colocá-lo no seu celular e usar a internet. Esse benefício torna o produto mais fácil de usar, ótimo para o público-alvo que a operadora deseja conquistar.

Por outro lado, a conexão é consideravelmente mais lenta do que os seus concorrentes. Você estará limitado aos 300 Kbps ofertados pela operadora, e dentro de um limite de até 300 MB de dados ao mês. Fazendo as contas para um consumo mensal (o que não deve acontecer, uma vez que o serviço só debita créditos do usuário no dia que utilizar a conexão) o valor máximo de R$ 15,50/mês (para os meses de 31 dias) por até 300 MB de dados é a melhor relação custo/benefício que os usuários podem encontrar.

A quantidade de 10 MB de dados diários é aceitável, até mesmo para que usuários de iPhone e Androids “top” aproveitem um pouco mais dos seus dispositivos. É claro que não dá pra ver vídeos de forma desenfreada, mas é possível ver seus e-mails, atualizar as redes sociais e trocar mensagens instantâneas durante um dia de trabalho, e com uma certa folga.

Recomendado para: os usuários que não vão utilizar a conexão móvel todos os dias. Para quem tem um uso mais elaborado dessa conexão, recebendo um volume maior de e-mails e mensagens instantâneas. Para quem tem um smartphone com recursos avançados, mas não pode contratar um plano de dados pós. Veja mais informações.

Claro

Internet Pré a R$ 0,50/dia ou Pacotes Internet Pré

Preço: R$ 0,50/dia, R$ 6,90/quinzenal, R$ 11,90/mês
Tipo de conexão: 3G/GPRS/EDGE ilimitada (com redução de velocidade)
Pacote de dados: 10 MB/dia, 150 MB/quinzena, 300 MB/mês
Velocidade: até 300 Kbps (no limite de dados previamente estabelecido; depois desse limite, a velocidade é reduzida para 32 Kbps)

A Claro ataca em duas frentes. Quando lançou a sua opção de internet pré-paga, ofereceu dois pacotes avulsos: um com período de 15 dias, com quantidade de dados de até 150 MB; e outro para 30 dias, com dados de até 300 MB. Os valores são fixos por período, e a contratação é feita pelo site ou por SMS. Porém, quando a Claro percebeu que a oferta da Tim de cobrança avulsa por dia era mais vantajosa para o seu público-alvo, ela resolveu repetir a mesma estratégia.

Com isso, a Claro possui ofertas flexíveis para diferentes perfis de uso. Os pacotes quinzenal e mensal possuem uma peculiaridade que pode ser interessante para muitos usuários: diferentemente dos concorrentes, o pacote de 150 MB ou 300 MB de dados não são fracionados em 10 MB por dia. Se o usuário precisar utilizar um volume de dados maior em um determinado dia, não terá a tal queda de velocidade naquele dia em específico, mas só quando atingir a cota total do pacote. Esse detalhe é muito importante para quem sabe que vai usar um grande volume de dados em situações especiais. Além disso, nesse cenário, a utilização moderada desse pacote com os smartphones mais avançados é viável, apesar da velocidade de 300 Kbps.

Já na oferta de R$ 0,50 por dia de acesso, as mesmas características descritas no plano da Tim valem para o serviço da Claro, com a diferença de que, nesse caso, a redução da velocidade ao atingir a cota de 10 MB/dia é mais drástica, limitando a velocidade para 32 Kbps. Na prática, para troca de mensagens e emails, a velocidade mais baixa não traz diferenças tão grandes, e por isso pode ser desonsiderado se você aguentar ficar sem ver vídeos do YouTube longe de casa.

Recomendado para: os usuários que vão utilizar a internet no celular de forma ocasional. Para quem vai utilizar um volume de dados acima dos 10 MB em situações específicas. Para usuários de smartphones avançados, que podem ter um uso moderado com o pacote de dados, e se contentam com uma velocidade reduzida para o acesso à web. Veja mais informações.

Streaming de música: qual é o melhor?

Ouvir música na internet se tornou uma verdadeira mania. Nos últimos anos, nasceram diversos sites dedicados a oferecer este serviço – cada um com suas particularidades. Sejam pagos ou gratuitos, estes sites crescem de maneira assustadora no mercado da web, e você também pode usufruir deles.

Usar um serviço de streaming musical basicamente permite que você ouça as suas canções favoritas, seja no seu computador ou em dispositivos móveis, online ou offline, além de compartilhar as listas de reprodução com os amigos e receber sugestões de novos artistas. E detalhe: sem precisar baixar arquivos para o seu computador, ou recebendo músicas com qualidade ruim.

Abaixo, veja detalhes das principais características dos seis principais serviços desse ramo: Spotify, Rdio, Rhapsody, Grooveshark, Senzari e Google Play Music, e avalie qual será o que melhor se encaixa às suas necessidades.

Spotify

Lançado em outubro de 2008, o serviço contava com aproximadamente 10 milhões de usuários em 15 de setembro de 2010 (destes, cerca de 1 milhão de membros são pagantes). O Spotify estreou nos EUA no dia 13 de julho após uma longa negociação com as gravadoras. De acordo com números próprios da empresa, seriam 1.6 milhão de assinantes só na Europa.

Disponível em apenas dez países (grupo que não inclui o Brasil), o serviço trabalha com três planos: o gratuito, que oferece acesso limitado às músicas e exibe anúncios, o Unlimited, que custa US$ 5 mensais e permite ouvir qualquer canção, e o Premium, que custa US$ 10 e pode ser executado em celulares, armazenar músicas para serem executadas offline, e permite o acesso internacional, em qualquer lugar do mundo.

Ainda não há previsão para que o Spotify chegue ao Brasil e muitos usuários até conseguem criar contas gratuitas no programa por meio de proxys, mas se você quiser o pacote Premium, é preciso apelar para o GoSpotify.Net, um site que registra a conta pra você, independentemente de qual lugar do mundo você esteja, por US$ 15 mensais durante um ano.

Rdio

Ao contrário do Spotify, o Rdio está disponível no Brasil e tem até mesmo uma empresa de telefonia como parceira: a Oi. O serviço chegou ao país no final de 2011, mas tem uma boa chance de emplacar pela dedicação ao mercado local. À princípio, são sete dias de testes gratuitos para qualquer usuário.

Se você gostar, aí a coisa já muda um pouco de figura: R$ 8.99 mensais para ouvir músicas online e R$ 14.99 no plano com app para celulares e opção de escutar as canções offline. Entre as principais funções do Rdio estão criar listas de reprodução, pesquisar por músicas da sua banda favorita e até mesmo criar construir uma rede de amigos se você relacionar sua conta às redes sociais.

O modo offline é bem interessante e permite que o usuário ouça suas músicas em qualquer lugar, mesmo se não tiver conexão com a internet. É possível sincronizar as canções de suas playlists com telefones, tablets ou PCs sem estar conectado à web, por meio de aplicativos especiais que são gratuitos. Tem apps para Android, iPhone e BlackBerry.

Rhapsody

O serviço se classifica como uma jukebox online. Por planos mensais que custam 5, 10 ou 15 dólares, o usuário que se cadastrar no Rhapsody terá a seu dispor uma variedade imensa de músicas e que podem ser ouvidas nos mais diversos dispositivos eletrônicos. É esta polivalência o seu principal diferencial.

Criado em 2001, é um dos pioneiros no ramo e tem suporte para mais de 70 aparelhos, sejam eles computadores, tablets, mp3 players e até mesmo televisões. São 13 milhões de músicas no catálogo e uma experiência de dez anos neste mercado. Além das músicas organizadas por cantores, há também playlists já prontas de acordo com os ritmos.

No entanto, assim como no Spotify, nada de conta para brasileiros. Ao tentar criar uma conta ou fazer o download de um software do Rhapsody em seu site oficial, a mensagem “Sorry, we are not able to offer Rhapsody Premier at this time” desanima um pouco. No entanto, é sempre possível criar uma conta grátis utilizando um serviço de Proxy, como este programa chamado Tor.

Grooveshark

O Grooveshark talvez seja um dos serviços mais conhecidos no Brasil, e também um dos mais fáceis de serem utilizados. Online desde 2007, o site está disponível para qualquer um e é possível ouvir música sem ao menos ser cadastrado. Basta acessar, procurar a canção que você deseja e dar play. Como se fosse um YouTube, porém, somente de músicas em áudio.

Mas quem deseja se cadastrar pode aproveitar muito mais as funcionalidades do serviço. É possível integrar sua conta ao Facebook e ao Google+, compartilhar o que está ouvindo, criar playlists e ter um perfil para se relacionar com os amigos que têm conta no Grooveshark… Uma experiência online bem interessante, e o melhor: de graça e em português.

Também há planos pagos, com as características que já são comuns também nos seus principais concorrentes: por nove dólares você pode ter acesso móvel ao programa, em seu celular; ou por seis dólares você pega a versão sem anúncios e interrupções em sua música. Ambos estão disponíveis para o público brasileiro.

Segundo informações da Wikipédia, o fluxo de músicas do Grooveshark é de 40 a 50 milhões de “plays” por mês, com mais de 400 mil usuários – número que cresce de 2 a 3% mensalmente.

Senzari

Lançado neste fim de ano simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos, o Senzari tem como principal característica uma novidade que pode ser interpretada como muito positiva ou muito negativa. Integrado ao Facebook, ele não necessita de cadastro em separado para se registrar. Basta digitar as informações de sua conta na rede social para ter acesso à essa rádio online, que é um tanto quanto curiosa.

O motivo? Além das 10 milhões de músicas e das parcerias com canais como MTV e VH1, o serviço dá sugestões de playlists baseadas no gosto musical do usuário. Por exemplo: no caso de buscar por um cantor de hip-hop, como 50 Cent, a página pode incluir em sua lista de reproduções canções de nomes como Snoop Dogg e Eminem. Caso você não goste da recomendação, basta avaliar o artista negativamente (mesmo esquema do Last.FM e do Pandora).

Outra característica interessante do programa é que ele exibe os amigos que estão online no Facebook no menu do lado direito. Assim, você pode interagir com os contatos, convidando-os para o serviço e até mesmo recomendando e recebendo dicas sobre as músicas. Do lado esquerdo no menu é possível criar novas “stations” e acessar as que já foram criadas.

Google Play Music

O serviço de músicas do Google é uma ótima opção para quem gosta de escutar suas canções favoritas em qualquer lugar e com muita praticidade. Integrado ao Google Play, ele não só permite que se compre músicas pela internet, como também envie as músicas que estão em seu PC para o sistema de armazenamento em nuvem do Google Play Music.

Não há ainda como se registrar com contas brasileiras, a não ser que se mascare o seu IP. Depois disso, não é preciso mais disfarçar as informações de localização de seu computador. Pelo contrário. É possível abrir a página de qualquer computador, tablet ou smartphone – do Brasil ou de qualquer lugar do mundo.

Além disso, para quem tem um dispositivo móvel com o sistema operacional do Google, o Android, é possível fazer o download de um aplicativo totalmente gratuito para ouvir suas músicas também offline em qualquer local. Um grande diferencial em relação aos seus grandes concorrentes, que cobram por este serviço.

No Google Play Music, pelo menos por enquanto, você só paga pelas músicas que comprar. No entanto, se você tiver uma biblioteca musical grande em casa, pode enviar os arquivos pro serviço e não gastar um centavo sequer.

Conclusão

O melhor serviço depende do que você considera ser prioridade. O Spotify tem o melhor acervo de músicas, mas precisa de VPN e alguns macetes para ter uma assinatura paga. O Oi Rdio tem crescido cada vez mais aqui no Brasil, apesar de ser pago. Sua sincronia de músicas offline em smartphones é um diferencial, mas o serviço carece de músicas brasileiras que estejam ‘bombando’.

O Grooveshark, por sua vez, tem um acervo gratuito que pode também ser acessado via 3G, mas boa parte deste conteúdo esta desorganizado (por vezes até duplicado ou com qualidade ruim). O Rhapsody tem uma boa plataforma e bom acervo, mas por ser pouco famoso no Brasil, dificilmente você terá companhia para compartilhar e descobrir novas músicas e artistas.

O Senzari é gratuito, funciona no Brasil e tem um acervo de qualidade, mas ainda engatinha na popularidade e nos serviços premium (não tem acesso via celular). Já o Google Play Music funciona quase como um iTunes, permitindo até que você suba suas músicas do computador para a ‘nuvem’ (ideal para ouvir estilos ‘fora do grande circuito’, como funk, forró ou hip hop brasileiro). O problema é que o serviço não funciona no Brasil, e precisa de VPN e macetes para funcionar por aqui.

Neste post faltaram a Last.fm e o Pandora. O motivo deles não terem entrado na lista é porque ambos possuem um sistema de playlist fechado. Não é possível selecionar quais as músicas que você deseja ouvir.

10 grandes fracassos tecnológicos

Praticamente todas as grandes empresas de tecnologia têm, em sua história, produtos sobre os quais preferem não falar.

E isso inclui companhias bem sucedidas como Apple, Google e Sony. Em cada caso, é possível identificar erros graves que transformaram boas ideias e tecnologias inovadoras em prejuízos e frustrações. Alguns fabricantes erraram no preço, outros na maneira de vender.

Outros, ainda, não conseguiram fazer as alianças certas no mercado. Em alguns casos, o produto tinha falhas que pareciam irrelevantes para quem o criou, mas que se mostraram imperdoáveis para o consumidor. Confira a lista com dez produtos que pareciam promissores, mas que fracassaram espetacularmente.

1 – O Google Wave virou marola (2009 a 2010) – Que tal um meio de comunicação capaz de substituir e-mail, mensagens instantâneas, blogs, wikis, todas as formas de bate-papo por texto, o Twitter e o Facebook?

Esse produto fenomenal ainda seria uma plataforma para jogos e outros aplicativos. Depois dele, nada seria igual na internet e nem na vida das pessoas. Essa era a proposta do Google Wave quando foi apresentado em maio de 2009. Convites para a fase de testes eram disputados ferozmente e até vendidos em sites de leilão na web. Lars Rasmussen, o principal líder do projeto, virou uma celebridade instantânea.

Mas o entusiasmo durou pouco. Quando as pessoas começaram a usar o Wave, perceberam que era apenas um confuso sistema de chat em que todos escreviam ao mesmo tempo e ninguém se entendia. O Google descontinuou o projeto pouco mais de um ano depois. O código dos programas foi transferido à Apache Software Foundation, que o mantém como software livre. A esperança é que alguém encontre alguma utilidade para o que sobrou do Wave.

2 – O vexame do Windows Vista (2007 a 2009) – Ao lançar o Windows Vista, em janeiro de 2007, seis anos depois do Windows XP, a Microsoft prometia modernizar o PC e colocá-lo, no mínimo, no mesmo patamar do Mac, da Apple.

De fato, o Vista trouxe melhoramentos bem vindos, como um sistema de busca instantânea abrangendo todo o computador. Mas trouxe também incompatibilidade com muitos aplicativos. Além disso, era pesado demais para a maioria dos PCs da época.

Demorava uma eternidade para ser carregado quando o computador era ligado e muitos programas rodavam nele com lentidão. A tentativa da Microsoft de reforçar a segurança resultou em incômodos para o usuário, que precisava autorizar – em alguns casos, mais de uma vez – ações aparentemente triviais. Ainda assim, em 2009, o Vista era o segundo sistema operacional mais usado na internet (o primeiro era, ainda, o Windows XP), respondendo por 18,6% dos acessos à rede. Logo, ele não foi um fracasso total de vendas. Mas deixou usuários insatisfeitos e provocou um estrago considerável na imagem da Microsoft.

3 – O duelo do HD DVD (2003 a 2008) – Na metade dos anos 90, a invenção do laser semicondutor azul tornou possível gravar, num disco com o formato do DVD, um volume de dados equivalente a um filme em alta definição.

Faltava alguém criar um padrão para isso. Em 2002, Sony, Philips e outras sete empresas uniram-se para desenvolver o que viria a ser o Blu-ray. No mesmo ano, Toshiba, NEC, Microsoft e Intel juntaram-se a estúdios de cinema como a Warner Bros. para elaborar o HD DVD. Produtos baseados nos dois padrões chegaram às lojas em 2005, dando início a uma longa batalha comercial.

Para o consumidor, não havia diferenças técnicas importantes entre Blu-ray e HD-DVD. Num primeiro momento, o HD DVD até parecia estar ganhando a briga. Mas, em 2006, a Sony incorporou um leitor de Blu-ray ao console para jogos PlayStation 3. Seu sucesso ajudou a impulsionar o Blu-ray.

A Microsoft ainda tentou oferecer um drive de HD DVD para o Xbox, mas era tarde demais. Os estúdios de cinema que apoiavam o HD DVD começaram a mudar de lado. Em 2007, a balança pendeu decisivamente para o lado do Blu-ray. Em fevereiro de 2008, a Toshiba jogou a toalha, anunciando que estava abandonando o HD DVD. A empresa decretava, assim, a morte do padrão que havia ajudado a criar.

4 – Faltou charme ao Microsoft Zune (2006) – O sucesso do iPod e da loja de músicas iTunes, da Apple, levou a Microsoft a tentar trilhar o mesmo caminho com seus produtos da série Zune. Apresentado em 2006, o player multimídia tinha design elaborado e parecia atraente do ponto de vista tecnológico.

Mas faltou conquistar o lado emocional dos consumidores. Até maio de 2008, segundo a Microsoft, 2 milhões de unidades foram vendidas. O número é insignificante perto das vendas da Apple, que já havia comercializado mais de 100 milhões de iPods quando o Zune chegou às lojas. As vendas caíram ainda mais com o tempo, o que levou a Microsoft a colocar o Zune em banho-maria.

Desde 2009, quando foi lançado o Zune HD, nenhum modelo novo foi apresentado. A tecnologia sobrevive nos smartphones com o Windows Phone 7, que têm acesso à loja online da empresa, com 11 milhões de músicas para download. Mesmo assim, o fracasso do Zune virou tema de estudo frequente em cursos de MBA. É intrigante como uma empresa com amplos recursos como a Microsoft foi incapaz de conquistar uma posição significativa nesse mercado.

5 – Segway e a revolução dos transportes (2002) – No final de 2001, o inventor americano Dean Kamen divulgou que estava finalizando algo que iria revolucionar o transporte urbano. Pessoas que tiveram acesso aos planos de Kamen aumentaram a expectativa com declarações bombásticas.

O investidor John Doerr disse que seria algo mais importante que a internet. Ele previu que a empresa Segway, que iria fabricá-lo, atingiria vendas de US$ 1 bilhão por ano mais rapidamente que qualquer outra na história. Jeff Bezos, o fundador da Amazon, afirmou que “cidades seriam construídas em torno dessa ideia”.

A Segway gastou 100 milhões de dólares no desenvolvimento do produto. O patinete motorizado com duas rodas lado a lado, apresentado em dezembro de 2001, era, de fato, inovador. Mas encontrou uma variedade de obstáculos. Em alguns países, ele foi considerado veículo motorizado, que precisava ser licenciado e não podia andar em calçadas. Em outros, seu tráfego em estradas foi proibido. Além disso, Kamen e sua turma não perceberam que o patinete era caro demais para um veículo que a maioria das pessoas considerou supérfluo. O modelo mais barato custava cerca de US$ 3.000.

Em cinco anos, a Segway vendeu apenas 30 mil unidades. O veículo que iria revolucionar o mundo acabou virando transporte para guardas de segurança em shopping centers.

6 – Iridium e seus 77 satélites (1998) – Esta é uma história de fracasso de proporções astronômicas. No final dos anos 90, a Iridium, empresa formada sob liderança da Motorola, gastou 5 bilhões de dólares para colocar em órbita uma constelação de 77 satélites de comunicação (o nome da empresa vem do elemento químico irídio, que tem número atômico 77).

A ideia era criar uma rede de telefonia móvel via satélite com cobertura de todo o planeta, do Polo Norte ao Polo Sul. O plano era atingir meio milhão de assinantes já no ano seguinte. Mas o telefone Iridium era grandalhão e custava US$ 3.000 ou mais, dependendo do modelo. Para fazer uma ligação, pagavam-se US$ 5 por minuto, preço absurdamente alto para a maioria das pessoas.

Além disso, só era possível fazer chamadas ao ar livre. Por isso, pouca gente se interessou. A rede celular, que estava se expandindo em muitos países, oferecia uma alternativa muito mais prática e barata, ao menos nas áreas urbanas.

Em agosto de 1999, menos de um ano depois de a constelação de satélites entrar em operação, a Iridium faliu. A empresa tinha conseguido apenas 10 mil assinantes. Os satélites permaneceram em órbita, e, em 2001, passaram a ser administrados por uma nova empresa, também chamada Iridium. Hoje, o sistema é usado pelas forças armadas americanas, e também por bases de pesquisa na Antártida e navios no oceano.

7 – O Newton prometeu. O iPhone cumpriu (1987 a 1998) – O Newton, um ancestral remoto do iPad, foi apresentado pela Apple como um assistente pessoal digital (PDA) em 1987. Deveria ajudar o usuário a organizar, armazenar e consultar informações que precisasse ter sempre à mão. A Apple gastou US$ 100 milhões no desenvolvimento do produto, que foi um fracasso comercial. O aparelho era grandalhão e dependia de um sistema precário de reconhecimento de escrita. A carga das baterias durava pouco e não havia um número significativo de aplicativos que pudessem ser instalados nele. São erros que a Apple só corrigiria em 2007, ao lançar o iPhone, que finalmente cumpriu (e superou) o que o Newton havia prometido duas décadas antes.

8 – Steve Jobs e a NeXT (1985 a 1996) – Admirado como um dos empreendedores mais bem sucedidos do mundo, Steve Jobs teve pelo menos um grande fracasso em seu currículo – a NeXT. Jobs fundou a empresa em 1985, depois de sua saída da Apple, à qual retornaria onze anos depois.

A NeXT deveria produzir os computadores mais avançados do mundo, deixando para trás a Apple e os fabricantes de PCs. A empresa lançou seu primeiro modelo em 1988, e apresentou um segundo, o NeXTstation (foto ao lado), em 1990. Neles, rodava o inovador sistema operacional NeXTstep. Mas essas máquinas eram caras demais e não havia aplicativos para elas no mercado. Por isso, pouca gente se interessou em comprá-las. Calcula-se que, em toda a sua existência, a NeXT tenha vendido apenas 50 mil unidades, uma ninharia.

Em 1993, numa tentativa de salvar a empresa, Jobs a transformou numa produtora de software. Ela passou a oferecer seu sistema operacional NeXTstep numa versão para PC, além de ferramentas de desenvolvimento. Mas o reposicionamento não trouxe bons resultados. No final de 1996, a decadente NeXT foi comprada pela Apple, no acordo que levaria Jobs de volta à empresa que fundou. Algumas das tecnologias desenvolvidas pela NeXT ainda sobreviveram incorporadas ao Mac OS e a outros produtos da Apple.

9 – Bob, a interface social da Microsoft (1995) – Numa época em que uma parte da população ainda estranhava os computadores, a Microsoft resolveu democratizar a tecnologia criando uma interface gráfica “social”, o Bob. O software foi desenvolvido com base em estudos científicos da universidade de Stanford, na Califórnia.

Deveria tornar o uso do computador bastante mais intuitivo, mas o resultado foi tão ridículo que virou motivo de piada; e o produto foi rapidamente descontinuado. Quando o usuário ligava o PC com o Bob instalado, era recebido por um cachorro falante, o Rover. Era, então, levado à sua “sala” numa casa virtual. Nela, os aplicativos eram representados por objetos.

Clicando num deles, o programa correspondente era ativado. Essa interface infantilizada era, na prática, um tanto confusa. E não adiantava apelar para o Rover, cuja inteligência era certamente uma vergonha para a espécie canina. No final, o que o Bob rendeu à Microsoft foi um lugar garantido nas listas de piores produtos de todos os tempos.

10  – A longa batalha do Betamax (1975) – Em maio de 1975, a Sony apresentou ao mundo o primeiro sistema doméstico para gravação de filmes em fita magnética, o Betamax. A empresa japonesa parecia estar pronta para dominar esse então nascente mercado. Só um ano e meio depois a JVC lançou o padrão VHS, que ainda tinha qualidade de imagem inferior à do Betamax.

Mas, no início, uma fita VHS armazenava duas horas de vídeo, o suficiente para um filme de cinema, enquanto uma Betamax estava limitada a uma hora (com o tempo, surgiriam aparelhos capazes de fazer gravações mais extensas). A Sony demorou para perceber que essa era uma grande desvantagem do seu padrão.

Além disso, diferentemente da Sony, a JVC foi rápida em fazer alianças e licenciar o VHS a outros fabricantes. E a competição entre esses fabricantes tornou os aparelhos VHS mais baratos. O resultado é que o padrão da Sony foi ficando para trás em volume de vendas, enquanto o VHS dominava o mercado de vídeo doméstico. A briga se arrastou por 12 anos, até que, em 1988, a Sony anunciou que começaria a fabricar aparelhos VHS, enterrando de vez o Betamax.

7 alertas de como nossa linguagem tem sido reformatada pela tecnologia

À medida que a tecnologia e os negócios progridem, eles reformatam nossa língua e nossa linguagem. Mas nem sempre de maneira legal, quer dizer, de uma forma que a gente goste, entenda e ache certo.

Seja por serem gramaticalmente incorretas ou por soarem de forma para lá de esquisita, algumas delas ainda por cima são repetidas em todos os cantos, o que deixa leitores, consumidores e outros seres com aquele estigma de “cara chato”.

Vamos às campeãs dessas palavras neologicas-tecnogramaticais-terrivelmente-chatas:

1. Empresas “ponto.com” – A sapataria agora tem página na web? Pronto, virou ponto.com. O padeiro usa o twitter para informar sobre a última fornada? Mesma coisa: padoca.com.

Não tem jeito. Nem todos vão entender que empresas .com são um tipo de negócio que tem cerne no ambiente da web. Portanto, é melhor se acostumar com esse termo.

2. Convergência – O que um dia teve algum significado, o de apontar um rumo que a tecnologia deve tomar nos próximos tempos, passou a ser palavra para tudo. O celular, resultado da convergência de várias tecnologias, converge mídias diferentes que, por sua vez, convergem em uma plataforma, que converge…

3. “alguma coisa” killer – O buscador novo é um Google killer, o Facebook é o Orkut killer, a mídia digital é killer das mídias tradicionais. De tanto ouvir esse termo, que descreve com sensacionalismo a morte de uma entidade antes considerada imbatível, ficamos com vontade de virar o killer killer.

4. Solução – Um programa é uma solução? Sim. Um sistema também? Sim. Errrr, um conjunto de protocolos para transmissão de dados também é uma solução? Opa, pode apostar. Mas, se tudo é solução, onde está o problema? A solução? Se acostume com essa palavra, pois ainda vai ouvir falar muito nela.

5. A nuvem – Atenção, pessoal! As regras mudaram. Agora, tudo que estiver fora do servidor local está “na nuvem”. Gmail, Hotmail, YouTube… Tudo nuvem, certo? Errado. Quem entende do assunto e sabe que a nuvem é um conjunto de soluções que convergem para oferecer aplicativos não aguenta mais ouvir em nuvem isso ou nuvem aquilo.

6. Monetizar – Assim que alguém tem uma ideia brilhante de um novo negócio, começa a falar de que maneira tal empreitada irá “monetizar”. Aliás, sempre que alguém perguntar sobre lucro, receita, faturamento, o respondente vai usar essa palavra. Vale dissecar o cérebro do eloquente homem de negócios que não compreende que monetizar significa “juntar dinheiro”; dar retorno.

7. Sinergia – Evidentemente, a sinergia nas operações entre as empresas foi de fundamental importância. Sem essa sinergia, jamais teríamos alcançado os resultados positivos. No campo de futebol a equipe mostrou uma sinergia muito grande.

Basta! Que tal colaboração, entrosamento e entendimento, para descrever o que muitos CEOs não querem que compreendamos – ou seja, que houve combinações por baixo do pano e influência trafegando de um lado para o outro em nome da tal da sinergia.

Fonte: PC World/EUA

Prejuízo da LG com celulares cresce

A divisão de celulares da sul-coreana LG Electronics sofreu cinco trimestres consecutivos de prejuízo e vem sendo pressionada pela concorrência feroz a reformular seus negócios enquanto as ações do grupo acumulam perdas.

A deficitária divisão de celulares vem causando séria perda de valor aos acionistas da LG. O valor de mercado da empresa é de apenas 7,5 bilhões de dólares, cerca de um terço do exibido por rivais mundiais como a HTC e a Nokia, apesar da empresa ter operações consideráveis de televisores e eletrodomésticos.

A unidade é um buraco negro de capital para companhia, cujas ações perderam mais de metade de seu valor este ano, e faz dela a empresa de pior desempenho no setor, abaixo até da HTC e Nokia.

Apesar dos problemas, a LG afirma que vai manter sua divisão de celulares e que vem registrando sucessos que não estão sendo reconhecidos pelos investidores.

“Os investidores provavelmente querem a venda dessa divisão deficitária”, disse o analista Harrison Cho, da KB Investment & Securities. “Mas mesmo com essa opção, a LG não obteria grande retorno. Deveriam ter vendido a unidade muito tempo atrás, antes que o panorama se agravasse. Eles simplesmente perderam o barco”, disse o analista.

Criar joint-ventures com parceiros como a Philips Electronics e a Nortel foi a solução que a LG adotou no passado nos setores de telas planas e equipamento de telecomunicações para dividir riscos. Mas os analistas dizem que pode não haver muitos parceiros ávidos por uma união com a deficitária divisão de celulares do grupo atualmente.

A mudança do comando da Apple pode oferecer oportunidade aos rivais para que reduzam a liderança da gigante da tecnologia em alguns segmentos, mas sem um parceiro a LG fica limitada pela escala de suas operações com celulares, afirmam analistas.

A terceira maior fabricante mundial de celulares já reduziu em 20 por cento sua meta de vendas de celulares inteligentes este ano, a 24 milhões de unidades e não tem projeção sobre quando a área sairá do vermelho.

Os celulares inteligentes da LG são vendidos sob a marca Optimus e as vendas de modelos como Optimus 2X e Optimus 3D têm sido fortes, apesar de uma performance ainda abaixo da exibida pelo Galaxy, da Samsung, e iPhone, da Apple.

“O que a LG pode fazer neste estágio é continuar fazendo o que ela pode fazer de melhor; continuar atualizando suas ofertas de produtos, diferenciá-los e então diversificar para além dos celulares com Android e Windows”, disse Jung Kyun-sik, gerente de fundos na Eugene Asset Management, em Seul.

E mesmo aquisições parecem uma escolha difícil para empresa.

“A compra de uma rival com um grande portfólio de patentes ou grande equipe de pesquisa é uma opção para incentivar rapidamente o crescimento. Mas a LG não tem muita reserva de capital para financiar tal operação”, disse S.J. Lee, gerente de fundos na Midas Asset Management, que possui ações da LG.

A companhia sul-coreana tinha um caixa de 2,2 trilhões de wons (2 bilhões de dólares) no final de junho e uma dívida total de cerca de 21 trilhões de wons.

O Google comprou uma Moto-encrenca

Esqueça o discurso do Google sobre como a aquisição da Motorola vai ajudar a dar uma supercarga no Android. A compra será um baita problema para a companhia.

De acordo com o posicionamento oficial, o principal motivo para a decisão foi o vasto portfólio de patentes ligadas à telefonia móvel da Motorola Mobility. Cada vez mais acuado por Apple e Microsoft, que acusam fabricantes do Android de ferir propriedade intelectual, o Google precisava se defender de alguma maneira. Os processos judiciais multiplicam-se e podem ser exigidas licenças de quem produz os celulares com o sistema operacional.

Para Florian Muller, especialista em patentes e autor do blog FOSS Patents, o argumento não faz o menor sentido. Ele afirma que a Motorola já está em confronto litigioso contra a Apple e a Microsoft. Os processos ainda estão em andamento, mas, até o momento, a Motorola não foi capaz de superar as rivais no número de patentes que diz terem sido copiadas. Isso significa que, nos dois casos, há grande probabilidade de um futuro acordo judicial ser desfavorável para a Motorola.

O que, então, o Google deseja? É bem provável que tenha decidido adquirir um fabricante de hardware para fornecer aparelhos com maior integração com o software. Seria uma maneira de copiar o modelo adotado pela Apple e, ao mesmo tempo, manter aberta a possibilidade para que outros fabricantes também produzam smartphones com Android. Só que a Samsung, a HTC e a LG não vão gostar nem um pouco disso.

De parceiro, o Google tornou-se um concorrente delas. Embora diga que a operação da Motorola será independente, é lógico que haverá comunicação intensa entre os executivos. É natural. Ninguém compra uma empresa e depois a coloca dentro de uma bolha. Existirá um cuidado todo especial com telefones produzidos ali, para que a experiência seja a melhor possível. Afinal, agora o nome do Google estará associado aos produtos, e não vai adiantar nada dizer que são empresas diferentes. Samsung, HTC e LG ficaram em segundo plano.

De uma hora para a outra, o Google jogou as três no colo da Microsoft. O Windows Phone 7.5 já estava no mapa delas, mas sem dúvida será analisado com mais carinho. A Nokia terá mais concorrência do que espera, o que é bom para Bill Gates. Como haverá mais variedade de aparelhos e mais marketing no sistema da Microsoft, isso poderá impulsionar o crescimento de uma terceira força no mundo dos smartphones. Ninguém quer virar refém de um concorrente.

Os problemas não terminam aí. A Motorola quase faliu poucos anos atrás. Só conseguiu um pouco de tempo para respirar por causa do Android. Mesmo assim, as coisas não estão boas. Dentre os principais fabricantes de celulares com o sistema do Google, foi a única empresa cuja participação no mercado diminuiu no segundo trimestre do ano, segundo o Gartner. Sem contar que o Google não tem a menor experiência em produção em larga escala e em lidar com consumidores.

Quem mais ganha com essa história toda é a própria Motorola. Não é de se espantar que eles tenham tentado dar uma pressionada para que a venda acontecesse. A companhia chegou a dizer que estava pronta para aderir ao Windows Phone e também ameaçou processar os outros fabricantes de Android, por violação de patente. Coisa fina.

Fonte: Info Online
Foto: viskas/Flickr