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Membros do Anonymous planejam destruir Facebook

Parte do grupo hacker Anonymous planeja um ataque a fim de minar o Facebook da web. O ataque seria mais um passo para a consolidação de uma nova rede social, a Anon+, criada pelo grupo.

Em um vídeo publicado no YouTube, o grupo declara: “Queremos chamar sua atenção. Os meios de comunicação os quais todos vocês adoram serão destruídos. Se você é um hacktivista ou alguém disposto a proteger sua liberdade de informação, junte se à causa e ajude a matar o Facebook em nome de sua própria privacidade”. O vídeo foi publicado no YouTube no dia 16 de julho e nomeia a ofensiva, agendada para o dia 5 de novembro, como operação Facebook.

Por meio de mensagens publicadas no Twitter, o Anonymous esclareceu que o ataque está sendo planejado por uma parcela de seus membros.

“A Operação Facebook está sendo organizada por alguns Anons. Isso não significa que o Anonymous todo concorde com o plano. Nós preferimos enfrentar poderes reais e não aqueles meios que nós usamos como ferramentas”, diz o grupo, citando um artigo que convoca os hackers para combater governos que praticam a censura na web.

A rede social do Anonymous foi criada no mês passado, após o grupo ter sido banido da Google+.

Conheça um dos ”guardiões” da chave que reinicia a web em caso de ataque

Imagine um ataque aos Estados Unidos, que danifique os servidores vitais à segurança da internet. Um hacker então aproveita essa vulnerabilidade e começa a redirecionar endereços para sites maliciosos, provocando o caos em escala global e obrigando sete profissionais selecionados a utilizar smartcards que, juntos, fornecem uma senha para reiniciar a rede. Parece um cenário catastrófico demais para se tornar realidade?

Especialistas em segurança na web acham que não. Tanto que, no final de julho do ano passado, foi apresentado ao mundo pela Icann (sigla em inglês para “Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet”) um comitê de sete “guardiões” de smartcards especiais – eles são semelhantes a um cartão de crédito comum, daqueles com chip. É preciso reunir ao menos cinco desses guardiões em um banco de dados nos EUA para obter uma senha e reiniciar o protocolo de segurança DNS (“Sistemas de Nomes de Domínio”). O DNS permite que a rede tenha endereços de site legítimos, impedindo assim que um internauta seja levado a um site fraudulento quando digitar o endereço de seu banco, por exemplo.

Entre os sete guardiões está Ondrej Surý, da República Tcheca. Responsável por um dos cartões de segurança, ele é gerente de pesquisas e desenvolvimento em DNS, além de voluntário da Anistia Internacional em Praga. Os outros seis membros de diversas nacionalidades são Bevil Wooding (Trinidad e Tobago), Dan Kaminsky (Estados Unidos), Jiankang Yao (China), Moussa Guebre (Burkina Fasso), Norm Ritchie (Canadá) e Paul Kane (Inglaterra).

Além deles, outras 14 pessoas fazem parte de um grupo dos representantes de confiança da comunidade (TCR, na sigla em inglês) da Icann.

Senha

No caso de um desastre, Surý e os demais membros teriam de se encontrar em um banco de dados nos EUA, onde estão os módulos de segurança de hardware (HSM, na sigla em inglês). Juntos, seus cartões formariam uma senha para utilizar um desses equipamentos, dando assim início ao processo de recuperação do protocolo da internet.

“Para ter redundância, a Icann tem duas instalações em cada lado dos Estados Unidos”, diz Frederico Neves, coordenador técnico do Registro.br, organização que cuida do registro de domínios para a internet no Brasil. Ele também participa do TCR, mas como Oficial de Criptografia da Instalação da costa leste norte-americana. “Estamos lá para assegurar à comunidade que tudo seja feito de acordo com os procedimentos nessas cerimônias de controle de chaves de segurança. A maior parte do trabalho é documentar, auditar e ter um nível de garantia de que tudo está de acordo com as regras”, explica.

Apesar de ser uma posição de confiança, os membros são todos voluntários – até mesmo as passagens para as cerimônias de troca de chaves de segurança saem dos bolsos deles. O especialista tcheco cedeu entrevista ao UOL Tecnologia contando sobre como é ter a segurança da internet em suas mãos, a qual transcrevemos abaixo.

UT – Qual o seu papel nessa comunidade de representantes confiáveis da Icann?

Ondrey Surý – O DNS é um protocolo de internet, algo como as páginas amarelas [da lista telefônica]. Se você digita o nome de um website, ele o converte em um número IP [protocolo de internet], garantindo que o internauta entre em páginas autênticas, receba e-mails e realize outras atividades online. O que o DNS faz é levar o internauta a uma página real. Sem isso, um hacker poderia utilizar um endereço de IP e direcionar as pessoas para um site falso.

Esse sistema precisa ser protegido. Nós operamos a chave principal de segurança do DNS na costa oeste e leste dos Estados Unidos. No improvável caso dos dois módulos de segurança de hardware serem apagados ao mesmo tempo, ao menos cinco pessoas deveriam ir aos EUA e restaurar o backup do sistema.

UT – De repente, você apareceu no mundo inteiro em notícias sobre as “sete chaves da internet no apocalipse”. O que pensou sobre isso?

Surý – É um papel importante, mas não tanto quanto foi colocado pelos artigos ingleses. Para que sejamos acionados, é preciso que as duas unidades nos extremos dos EUA sejam avariadas e deletadas. E eu teria de ir até lá para utilizar minha chave, fazendo o backup do backup. É algo tão improvável que eu não acho que vá acontecer algum dia.

Mas é importante ter essa garantia de segurança. Além disso, os artigos falavam sobre “instalações secretas”, mas não são! Ambas têm endereços públicos, embora sejam de alta segurança. E isso é importante: tanto que uma pessoa não pode abrir os códigos sozinha.

UT – Por que a Icann escolheu você?

Surý – Eu acho que foi porque trabalho com segurança de DNS há algum tempo. Mesmo antes desse processo todo, já estava envolvidos com o assunto. É como se fosse um gesto de gratidão: já fizemos muito para manter o protocolo seguro. Além disso, eles precisavam melhorar alguns fatores e é necessário um nível de conhecimento para saber sobre todos os procedimentos.

Como navegar na web com segurança

UT – O que acontece se você perder este smartcard?

Surý – Seria complicado. Tecnicamente, há mais seis cartões e você precisa de apenas cinco. Mas eu ficaria tão envergonhado que isso me deixaria triste pelo resto da vida.

UT – Mesmo sendo improvável, se acontecer um ataque o que seria preciso fazer?

Surý – Precisamos estar fisicamente juntos e ler o smartcard nos Estados Unidos, porque a chave funciona direto no módulo de segurança de hardware. Nós o usaríamos para restaurar o backup da chave mestra. Para isso, temos de estar no prédio.

UT – E se não funcionar?

Surý – Aí vira caso de emergência, o que seria ruim. Mas há 90 dias para restaurar a chave. É bastante tempo para testes, são três meses para assegurar uma nova operação e tomar alguma ação.

UT – Você acha que algum dia vai precisar usar a chave?

Surý – Não, eu espero não ter de usar, seria muito ruim. Porque algo de errado teria de acontecer com as duas costas dos Estados Unidos ao mesmo tempo e isso acabaria envolvendo a segurança do mundo inteiro.

Fonte: Tecnologia UOL

Ameaça se disfarça como programa da Adobe

A vietnamita Bkis detectou uma nova ameaça que se disfarça como o programa de atualização da Adobe para infectar computadores.

Segundo a empresa de segurança, o cavalo de troia Fakeupver é responsável por deixar a máquina vulnerável, abrindo portas e liberando serviços para a entrada de malware e outras pragas digitais.

“Uma vez instalado, o malware vai sobrescrever o software de update. Ele é escrito em Visual Basic e é capaz de simular outros programas, como o DeepFreeze e o Java, por exemplo”, afirma Nguyen Minh Duc, diretor da Bkis Security.

O ataque mais recente faz a alteração no arquivo AdobeUpdater.exe, dentro das pastas do Adobe Reader 9. O executivo diz que as informações falsas relacionadas ao arquivo podem enganar até mesmo especialistas de segurança mais experientes.

“A melhor forma de se proteger é fazendo a atualização regular dos antivírus para garantir o melhor suporte e a proteção necessária”, afirma Duc.