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Dicas de estudo para concursos do Banco do Brasil

O Banco do Brasil lançou na semana passada dois concursos para formação de cadastro de reserva ao cargo de escriturário em 15 estados: um para 36 cidades nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Paraíba e Paraná e outro para 48 municípios nos estados de Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe. Para o primeiro, as inscrições estão encerradas. No segundo, o prazo vai até 7 de fevereiro.

No caso de cadastro de reserva, a convocação dos aprovados respeita a demanda da instituição financeira e também o prazo de validade do concurso, que é de um ano, prorrogável por igual período. Portanto, o candidato que conseguir uma boa classificação aumenta suas chances de ser chamado.

De acordo com especialistas, como o conteúdo dos editais está praticamente igual ao do último concurso realizado pelo Banco no ano passado para o interior de São Paulo, com poucos tópicos acrescentados em duas disciplinas, quem estudou com base no documento anterior leva vantagem sobre os demais. Além disso, a organizadora é a mesma: a Fundação Carlos Chagas.

Paulo Estrella, diretor da Academia do Concurso, diz que alguns itens foram acrescentados nas disciplinas de conhecimentos bancários e habilidades no atendimento. No primeiro caso, foram incluídos os tópicos BNDES, Conselho de Política Monetária (Copom) e Cédula de Crédito Bancário. Na segunda disciplina há o decreto lei 6.523, que regulamenta a lei 8.078 sobre o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

Além disso, dizem os especialistas, a principal característica da Fundação Carlos Chagas é cobrar os assuntos de forma equilibrada e direta, não deixando de fora nenhum tópico das disciplinas. De acordo com o edital, para ser classificado, o candidato terá que acertar mais de 40% da prova de conhecimentos gerais, mais de 50% da prova de conhecimentos específicos e no mínimo 50% no conjunto das duas provas.

A prova de conhecimentos gerais terá 40 questões com as disciplinas de língua portuguesa,  atualidades, matemática e raciocínio lógico. A de conhecimentos específicos reúne 40 questões de informática, conhecimentos bancários e ainda habilidades no atendimento, que engloba código de defesa do consumidor e do consumidor bancário.

Tempo curto para o primeiro concurso

A forma de estudar depende do conhecimento anterior e da disponibilidade do candidato, mas os especialistas destacam que no concurso para os estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Paraíba e Paraná os candidatos terão menos de um mês para se preparar – a prova será no dia 6 de fevereiro. Nesse caso,  Estrella recomenda focar o estudo em conhecimentos bancários e habilidades no atendimento.

“Se o candidato já estudou para outros concursos, ele já viu português, matemática e raciocínio lógico. Mas conhecimentos bancários são muito específicos. Já habilidades no atendimento abrange código de defesa do consumidor, que é um conteúdo muito extenso e demanda conhecimento da lei”, explica. “Quem começou a estudar agora deve pegar uma apostila bastante resumida para ter o mínimo de embasamento teórico de todas as matérias e posteriormente fazer as questões para tentar pegar os pontos mais cobrados normalmente nas provas”, aconselha Estrella.

Carlos Eduardo Guerra, diretor do Centro de Estudos Guerra de Moraes, também acha que a prioridade no caso de quem tem pouco tempo para estudar deve ser dada às disciplinas de conhecimentos específicos. “A Fundação Carlos Chagas faz muitos concursos, então o candidato deve aproveitar para fazer as provas anteriores mesmo que seja de outros concursos que não do BB”, orienta.

Ele acha possível o candidato aproveitar o tempo a seu favor tanto se ele fizer a prova em fevereiro quanto em março, como é o caso do concurso para os estados do Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe. “Isso desde que faça uma dedicação integral e abra mão dos compromissos pessoais”, ressalta Guerra.

Para quem já vinha se preparando para o concurso baseado em editais anteriores, o tempo final deve ser aproveitado para rever os pontos específicos e aqueles em que há mais dificuldade, além de fazer provas anteriores, orienta o especialista.

Confira algumas dicas por disciplina:

Matemática e Raciocínio Lógico

Benjamin Cesar, professor do Canal dos Concursos e autor do livro “Matemática Básica”, pela Editora Campus/Elsevier, recomenda ao candidato treinar razões, proporções, divisão proporcional, regras de três simples e composta, problemas que envolvem porcentagem e funções exponenciais e logarítmicas.

“Deve-se fazer resoluções de problemas que envolvem a solução de equação de 1º e 2º graus. São bastante comuns também as sequencias, em que o candidato percebe a lei de formação e a partir daí descobre outros termos da sequência”, diz.

Na parte de estatística, ele destaca cálculo de média, mediana e os problemas de probabilidade. Com relação à matemática financeira, o professor diz que o candidato deverá estudar todo o conteúdo para resolver as questões, pois os temas são interligados.

Na disciplina de raciocínio lógico, Cesar recomenda que o candidato dê atenção especial para as equivalências e as negações. “As aplicações dos princípios aditivos e multiplicativos são questões certas”, diz. Ele ressalta, entretanto, que todo o conteúdo deve ser estudado.

Língua Portuguesa

O professor de língua portuguesa Adriano Vieira diz que a prova deverá ter bastante interpretação de texto, com questões de contextualização. Porém, para ele, o candidato não deve deixar de lado o estudo da gramática aplicada ao texto, priorizando concordância, regência, crase e termos da oração. “O ideal é o candidato treinar muito texto, de preferência da própria banca. Minha sugestão é buscar os últimos concursos de nível médio organizados pela Fundação Carlos Chagas”, afirma.

Dentro do conteúdo programático da redação de correspondências oficiais, Vieira destaca a importância da formatação e o objetivo de cada documento. “Serão cobradas questões sobre a disciplina, não se trata de elaborar uma dissertação. Os candidatos devem saber que o documento responsável pela redação oficial no Brasil é o Manual de Redação da Presidência da República, que rege a redação oficial do Poder Executivo. É fácil de baixar na internet”, indica.

Conhecimentos Bancários

De acordo com João Batista Bernardo, professor de conhecimentos bancários da Academia do Concurso, o conteúdo programático dos editais deste ano tem dois tópicos que não existiam nos concursos anteriores: o Conselho de Política Monetária (Copom) e Cédula de Crédito Bancário.

O professor ressalta que em todos os concursos os assuntos mais solicitados têm sido sistema financeiro nacional, cheques, câmbio e depósitos à vista (abertura de contas correntes, documentos exigidos para pessoa física e pessoa jurídica e tipos de contas).

“O candidato tem que saber as principais atribuições do Conselho Monetário Nacional, Banco Central, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, sem confundi-las. Com relação às instituições financeiras privadas, não interessa ao candidato o que faz um banco de grande porte. O candidato deve saber diferenciar um banco comercial de um banco de investimento e de um banco de desenvolvimento”, diz.

Habilidades no Atendimento

Mônica Roberta, professora de habilidades no atendimento do curso Reta de Chegada, diz que o candidato deve dividir a disciplina em duas partes: de um lado as leis e os decretos, incluindo o Código de Defesa do Consumidor, e do outro o lado mercadológico, com marketing, serviços, venda e etiqueta. “Não é recomendável que o aluno estude os dois conteúdos no mesmo dia porque são muito diferentes. Ele deve fazer uma bateria de exercícios de provas passadas, assim vai fazendo as questões e revendo a teoria desses conteúdos mais explorados”, diz.

Segundo ela, a lei 10.098/00 fala sobre a acessibilidade para portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida, a lei nº 10.048/00 fala sobre atendimento prioritário e o decreto nº 5.296/04 regulamenta e amplia essas duas leis.

“Nessa prova pode ser cobrado muito conceito. Por isso, o aluno deve estudar bastante cada disciplina com atenção. Acredito em um peso maior da parte de legislação, o que dá vantagem ao pessoal da área de fiscal ou direito; contudo, o diferencial será a parte de marketing”, diz.

Segundo ela, tudo deve ser estudado, pois a classificação pode depender de uma questão de peso menor.

Informática

Roberto Andrade, professor de Informática do Centro de Estudos da Língua Portuguesa (Celp) , diz que nas provas da FCC dois assuntos básicos serão sempre cobrados: teclas de atalho (combinações de teclas e suas funções nos seus respectivos programas) e execução de tarefas (operações dos menus do Windows, Word, Internet Explorer, Excel).

“Não basta ao candidato conhecer bem o conteúdo de informática, é preciso principalmente dominar a interpretação das questões para responder exatamente o que é pedido, sem cair nas pegadinhas. Atenção às expressões perigosas como somente, apenas, obrigatoriamente, todas, elas induzem ao erro, pois confundem a interpretação do candidato. O caminho certo para a aprovação no concurso é a realização de muitos exercícios, principalmente tudo que a banca produziu anteriormente, não só as provas do seu concurso”, recomenda.

Dentro do Microsoft Windows, ele destaca a importância das operações básicas nos menus e execução de tarefas, bem como a manipulação de diretórios e arquivos (uso do Windows Explorer): tipos de arquivos, localização, criação, cópia e remoção de arquivos, cópias de arquivos para outros dispositivos, uso da lixeira para excluir e recuperar arquivos e uso da ajuda do Windows. Ele recomenda atenção especial aos atalhos de teclado e teclas de função que sempre são exigidos (Ctrl+A, Ctrl+C, F12, F1, entre outros).

Nos editores de texto Word e Writer, o professor destaca a criação e formatação de documentos, os ícones e suas funções, bem como as principais diferenças entre os dois programas, extensões de arquivo e menus.

De acordo com ele, no Excel e no Calc, o candidato deve estar atento às fórmulas (soma, subtração, divisão, porcentagem, média, SE, o uso do “$”) e, principalmente, lembrar de algumas regras básicas, tais como a fórmula deve começar com o sinal de igualdade, caso contrário não funcionará.

“Deve ser dada atenção especial na prioridade dos operadores matemáticos, pois o Excel segue rigorosamente as regras matemáticas, como fazer primeiro a potenciação, depois divisão e multiplicação e depois soma e subtração. Atenção aos parênteses colocados nas fórmulas”, diz.

Andrade ressalta que aumentou o nível de exigência nas questões sobre internet e no uso de termos específicos (URL, DNS, https, LAN, servidores). Ele recomenda ainda que sejam estudadas as funções do Internet Explorer (principalmente o novo), como manutenção e organização dos favoritos, histórico, downloads, navegação em hipertexto e uso de hyperlinks, webmails e pesquisas.

Outros temas que o professor considera relevantes são cookies, vírus, cavalo de tróia (trojan), worms, phishing, pharming, antivírus e firewall, além de wireless e MP3. Para ele, o candidato deve ainda dominar as funções básicas do Outlook, como configuração de contas, envio e recepção de e-mail, anexos e composição e exclusão da mensagem.

Se desaparecer do Google é impossível, saiba como despistar o “Big Brother” da internet

Após comprar DVDs pornô pela web, um internauta teve seu nome publicado no site de e-commerce. Ao tentar esclarecer uma dúvida com o vendedor, o comprador dos DVDs – estrelados respectivamente por Caroline Miranda e Vivi Ronaldinha – postou o nome completo. Meses depois, ele percebeu que, ao fazer uma busca pelo seu nome, esse era um dos primeiro resultados que aparecia. O homem entrou em contato com o site de comércio eletrônico e pediu para tirarem a menção ao nome. A informação foi excluída. No entanto, no Google ainda aparece a identificação do comprador.

A história é insólita, mas ilustra que não é possível fugir do serviço de busca do Google. Há vários casos semelhantes na internet de pessoas que querem remover citações aos seus nomes – inclusive ameaçando ir até o escritório da empresa em São Paulo para reclamar. Não dá para sumir do Google, mas há maneiras de diminuir a exposição.

Assim como o comprador dos DVDs, se você está em uma lista de aprovados de vestibular ou concurso, tem escrituras em um cemitério municipal, foi citado ou fez comentário em um blog ou já deu entrevista para um jornal impresso que tenha versão online, há grandes chances de seu nome estar na internet, esteja você de acordo ou não.

Isso ocorre pois, constantemente, os serviços de busca indexam – ou numa linguagem mais simples, agregam – sites novos, velhos ou atualizados no “banco de dados” do buscador. Ou seja, não existe um controle. Tudo que estiver relacionado a um nome, por exemplo, estará mais cedou ou mais tarde no Google.

Em dezembro do ano passado, em entrevista à CNBC, Eric Schmidt, CEO do Google, disse: “Se você tem algo que você não quer que ninguém saiba, talvez você não deva publicar isso na internet”, quando perguntado sobre a questão da privacidade na internet. Quanto ao moço dos DVDs, o Google alegou que “apenas organiza as informações” e que “não gera conteúdo”. Como recomendação, em comunicado, o Google sugere ao usuário que pare de clicar no resultado, pois isso pode mantê-lo em evidência nas buscas.

Como fugir

Não há muitas possibilidades para quem quer fugir do Google. Só o fato de o usuário ter uma conta no Twitter ou no Facebook com seu nome completo, durante uma busca é possível acessar o link para acesso ao perfil dessas pessoas nas redes sociais.

Segundo o analista sênior de SEO (Otimização de Motores de Busca) Bruno Galileu – que tem como função melhorar o posicionamento de websites em serviços de busca -, a única solução é se “camuflar”. “O jeito é não participar de nada com o nome real ou, em casos de comentários em blogs, postar como anônimo.” Até porque, na internet, como no momento da prisão, qualquer coisa divulgada pode ser usado para falar sobre você, seja de forma negativa ou positiva.

Há alguns anos, por exemplo, era comum a sobreposição de imagens para que o rosto de famosas e famosos aparecessem sobre corpos nus – mesmo que as celebridades nunca tivessem posado sem roupa. Com o surgimento de redes sociais e blogs, anônimos também viraram alvo dessas brincadeiras (muitas vezes de mau gosto), tendo suas informações e fotos reproduzidas de acordo com o interesse de outros internautas. No orkut, por exemplo, há comunidades em que internautas reclamam de já ter sido vítimas de perfil “roubado”, enquanto no Twitter são inúmeros os casos de contas fake (falsas).

A prova de que internautas podem produzir – de forma voluntária ou involuntária – informações contra eles próprios e pessoas queridas está na criação de Tumblrs, espécie de blog caracterizado por fotos e textos curtos. O cantor Felipe Dylon é atualmente protagonista de um dos Tumblrs mais populares, que reúne fotos postadas em seu blog oficial e também nas páginas de fãs. A intenção é outra, mas o conteúdo acaba sendo satirizado.

O que fazer?

“Com o desenvolvimento tecnológico, a questão da privacidade fica à mercê do juiz que está cuidando do caso e das circunstâncias da ação”, explica o advogado Renato Opice Blum, especialista em direito eletrônico. Ele ressalta que a gravidade do caso pode ser mensurada pelo grau de constrangimento que um texto ou uma imagem pode causar a uma pessoa.

Em linhas gerais, o conselho para quem se sentir lesado por algo na internet é juntar provas (dar prints na tela e salvar) e procurar o autor da injúria ou o portal que hospeda a informação caluniosa. Caso haja recusa, a pessoa deve procurar um advogado.

No entanto, o acesso direto a um site não é a única forma de visualizar um conteúdo. Muitas pessoas procuram informações através de serviços buscadores. “Às vezes um conteúdo pode ser retirado de um site, porém, se você fizer uma busca, você verá que aquele constrangimento sofrido pode estar por lá ainda”, adverte Opice Blum.

Nesse caso, complementa o advogado, o buscador, por não ter indexado as atualizações da página com a difamação se torna co-autor da ação e pode ser submetido a pagar uma indenização à pessoa lesada.

Para saber o que estão falando de você na web há dois aplicativos que ajudam na função. Há o Google Alerts. Basta digitar as palavras que você quer monitorar e cadastrar um e-mail. De estilo semelhante, tem o Social Mention e o Keotag. Ambos fazem buscas em blogs e redes sociais.