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Contra o Tempo

… contra o tempo caminho
precisando respirar
destravar coisas do âmago
frases soando como versos
sem lugar pra deixar…

Os jardins estão poluídos
as letras virando pó
as rochas nada querem gravar
só querem escutar
nada falar…

… não sei onde letras deixar
as folhas somem no soprar do vento
apodrecem virando vidas
abrindo poemas em terras famintas.

Maria Thereza Neves

Tanta Coisa Mudou

Mudou
o jeito de falar do amor
o canto do verso
o olhar da letra
a música da palavra
o encanto dos sentidos.

Mudou…
Até o silêncio mudou
Mas questiono
a travessia
e procuro poesia
no curso das mudanças

Mudou…
E interessante é perceber
que o trajeto percorrido
permanece em mim
mudo no espelho
e há tanto ainda pra dizer!

Graça Ribeiro

Por quê?

Por quê?

Para nunca mais,
em minhas noites sozinha sentir você me faltar.
Para nenhum grito mais ter que calar.

Só para não ver mais sua presença como fumaça no ar desaparecer.
E eu… aqui… querendo tanto viver…
Para tentar compreender o que o coração tanto queria saber,
e que agora a razão me obriga a esquecer!

Por quê?

Para não ter mais lágrimas a derramar
e nenhum choro mais no travesseiro para abafar!
Para não ver o amor se derreter…
nem uma vida se perder.

Por quê?

Para não mais sofrer, nem doer, nem chorar
e quem sabe um dia, apesar de tantas certezas…
conseguir de novo, com tudo o que tenho direito…
Amar?

Enviado por Andréa Maia em 03/12/2007
Recanto das letras – Texto T762444

Inspiração

Sou amiga das estrelas
Sou poeta da noite,
Das madrugadas
Das ruas vadias e molhadas
Da luz bruxuleante nas calçadas!

Sou poeta do amor
Do inconstante amor sem freios
Daquele que é único na vida
Do amor que fica, que é sem medida
E que procurei por todos os meios
Só encontrando (e passou tão rápido)
Numa noite fria, pela chuva alagada.

Sou poeta da vida
Desta vida que tentei entender
E ela passa quase sem eu a ver
Essa vida corrida, bandida
Feliz e descabida
Que junto ao amor convida
A ser vivida plena , sem nada tolher…

Ainda que pense o contrário
Sou poeta dos sonhos
Notívaga, às vezes perdida
Nas dobras das madrugadas,
Do amor, aos sonhos
Vou nas noites tecendo em relicário,
Ora em rendas, ora em frangalhos
Os pedaços de minha vida!!

Theca Angel