Arquivo da tag: lcd

Como escolher um monitor?

Ao adquirir um monitor, boa parte das pessoas leva em conta apenas algumas características básicas, como marca, tamanho e preço. Para não se arrepender depois da compra, é bom prestar atenção em alguns outros detalhes que podem fazer a diferença na sua experiência de utilização, como resolução, contraste, brilho e conexões disponíveis.

E se você não sabe por onde começar ou não entende esses termos, este post tentará explicar as principais especificações contidas nas fichas técnicas para que você escolha melhor o seu próximo monitor.

Tecnologia

Atualmente, grande parte dos monitores vendidos são de LCD, sigla que, em português, significa Display de Cristal Líquido. Nas lojas, também é possível encontrar monitores do tipo CRT (os monitores de tubo, mais antigos) e LED, uma pequena variação da tecnologia LCD.

As imagens no monitor CRT são formadas por um feixe de elétrons que percorre a tela. Esses monitores possuem baixo custo, fornecem ótimo brilho e contraste de cores e podem funcionar em diferentes resoluções sem distorcer muito a imagem, ao contrário do que ocorre nos monitores LCD. Em contrapartida, os monitores CRT consomem mais energia e são mais pesados, além de ocorrer um efeito de cintilação (chamado de efeito flicker, quando a tela parece “piscar” continuamente) em baixas frequências (60 Hz ou menos), o que pode prejudicar a visão a longo prazo.

Uma opção mais moderna é o monitor LCD, mais fino, com menor consumo de energia, livre do efeito flicker e que está cada vez mais barato, tornando-se um excelente custo-benefício. Os monitores de LCD possuem uma iluminação traseira, chamada de backlight, para que os subpixels da tela (vermelho, verde e azul) fiquem iluminados. Ao bloquear parte da luz, por meio de componentes eletrônicos, uma imagem é formada.

No monitor LED, essa iluminação é feita por pequenas lâmpadas de LED, o que proporciona um menor consumo de energia e melhor relação de brilho e contraste, mas torna o produto mais caro.

Resolução

Quanto maior a resolução, melhor será a definição da imagem e o espaço para trabalhar. Com a diminuição dos preços dos monitores de LCD, uma boa opção é adquirir uma tela com resolução full HD, de 1920×1080 pixels, que custa a partir de R$ 400.

No caso dos monitores LCD e LED, sempre utilize a resolução nativa (geralmente a resolução máxima) para evitar distorções na imagem, principalmente em telas widescreen, que podem esticar a imagem de maneira desproporcional.

Formato

Os dois principais formatos de tela são 4:3 (normal) e 16:9 (widescreen). O formato 4:3 proporciona um bom número de linhas horizontais, o que facilita a leitura e a edição de textos. Já o formato 16:9 é perfeito para assistir filmes que, em geral, já adotam o padrão widescreen. Assim, você aproveita melhor o espaço disponibilizado pelo monitor e diminui as famosas “barras pretas” dos vídeos. Outra vantagem do formato wide é a produtividade: com um monitor de alta resolução, é possível colocar uma janela do lado da outra, sem prejuízos para a visualização, ao invés de trocar de janelas, como faria em um monitor 4:3.

Para descobrir o formato do seu monitor, basta dividir a largura pela altura da resolução nativa. Se o resultado der 1,33 (exemplo: 800×600 ou 1024×768), a tela é normal. Se der 1,78 (exemplo: 1366×768 ou 1920×1080), a tela é widescreen.

Também é possível que o resultado seja diferente dos dois exemplos. Nesse caso, quanto maior o resultado, mais “wide” (largo) é a tela.

Tempo de resposta

Quando a tecnologia LCD ainda estava se popularizando, era comum encontrar monitores com tempo de resposta de 25 ms. Tempo de resposta é o tempo que um pixel leva para acender ou apagar, gerando a imagem na tela. Se o intervalo de tempo for muito grande, um “efeito fantasma” é gerado, fazendo com que as imagens em movimento pareçam ter “sombras”, o que é especialmente indesejável no caso de filmes e games com imagens rápidas de ação. Hoje, a maioria dos monitores possuem tempo de resposta entre 2 e 5 ms.

Brilho e contraste

O brilho e o contraste do monitor devem ser levados em conta principalmente pelos que trabalham com edição de imagem ou querem obter a melhor fidelidade de cores possível. O brilho é medido por cd/m² (candela por metro quadrado). Já o contraste é apenas uma diferença entre a luminosidade do branco mais forte e o preto mais escuro.

Os melhores monitores para o público em geral possuem brilho de 300 cd/m² ou mais. Para obter boa fidelidade, é recomendado que se tenha uma tela com contraste de 800:1 ou mais. No entanto, com a criação do “contraste dinâmico” pelas fabricantes, a especificação acabou virando apenas uma medida de marketing, com valores de “5.000.000:1” ou até “50.000.000:1” em telas de LCD – assim como ocorreu com os watts PMPO, que não representam necessariamente a potência de um sistema de som e, na prática, não fazem muita diferença para o usuário final. Um monitor com contraste dinâmico pode ajustar a intensidade do backlight conforme a imagem exibida na tela.

Conexões

O padrão mais popular e com melhor custo-benefício é o DVI. Assim como o HDMI, o DVI transporta os dados da imagem da placa de vídeo para o monitor de maneira digital, evitando perda de qualidade, diferente do padrão VGA, onde é necessária a conversão do sinal digital para o analógico.

LCD, plasma, 3D, OLED… Tire suas dúvidas antes de comprar sua TV

Se você já saiu às compras em busca de um novo computador ou HDTV (TV de alta definição), provavelmente viu um monte de termos complicados de tecnologia de telas nas especificações dos produtos nas prateleiras. Você pode ter se perguntado, “o que esses termos significam? Quais deles realmente importam”? Para responder a essas dúvidas, aqui está o nosso guia sobre o que essas especificações técnicas significam, o que você precisa saber sobre elas, e o que você deveria estar procurando por aí.

LCD (tela de cristal líquido) e plasma são os tipos de telas mais comuns que você vai ver no mercado. Plasma é predominantemente usada para HDTVs, enquanto as LCDs são comuns em TVs e monitores de computador. Além disso, há várias outras tecnologias interessantes no horizonte.

Alguns dos fatores mais importantes para a qualidade de uma tela são a profundidade de cor (a exatidão com que a tela reproduz as cores), seu ângulo de visão (se alguma mudança de cor ocorre quando você vê a tela lateralmente), e seu motion processing (processador de movimento – que refere a como a tela consegue lidar com cenas de ação rápida). Neste guia, vamos dar uma olhada em todos esses tópicos.

Plasma X LCD

Até pouco tempo, plasma era a tecnologia preferida para HDTVs, mas ela já foi ultrapassada pelo LCD. A tecnologia de plasma possui muitas vantagens e desvantagens em relação ao seu “rival”.

Alguns fabricantes, como a Samsung, produzem HDTVs de LCD e de plasma, e a Panasonic vende apenas a última, mas a maioria dos fabricantes se livrou da tecnologia, sendo que a Pioneer inclusive descontinuou sua linha de HDTVs de plasma no último ano.

O maior problema com essa tecnologia é o seu uso de energia. As HDTVs com essa tecnologia geralmente consomem mais do que as de LCD, o que, é claro, significa contas maiores no final do mês. Além disso, as TVs de plasma são mais suscetíveis a burn-ins (efeito de queimadura) da tela e fantasmas de imagem (image ghosting) do que seu rival, apesar de que esse é um problema mais recorrente em modelos antigos de plasma.

Apesar disso, existem razões reais para se considerar comprar uma TV de plasma em vez de LCD, especialmente se você dá valor à qualidade da imagem. As telas de plasma fazem um trabalho muito melhor em lidar com cenas escuras, e oferecem melhores ângulos de visão do que a maioria das LCDs.

E as HDTVs de plasma, historicamente, têm lidado de forma mais suave com imagens de movimentos rápidos (fast motion) em comparação com as de LCD. Na verdade, foi só a partir dos últimos anos – com o advento do backlighting (forma de iluminação da tela) de LED e taxas de atualização mais rápidas – que as LCDs tornaram-se mais competitivas neste assunto.

LCD: tela de cristal líquido

Tela de cristal líquido – LCD em resumo – é um dos tipos de tela mais comuns que você vai encontrar em um computador ou TV.
As telas de LCD empregam inúmeras tecnologias diferentes, com twisted nematic (TN) e in-plane switching (IPS) sendo alguns dos mais comuns. Outros tipos mais completos de LCD incluem MVA (Multi-domain Vertical Alignment) e PVA (Patterned Vertical Alignment).

As diferenças entre as telas tendem a ser enigmáticas (tendo a ver com como os cristais líquidos são estruturados dentro das telas), mas existe uma diferença chave que a maioria das pessoas deveria se importar: um painel  TN LCD geralmente vai ter ângulos de visão mais limitados do que um painel equivalente de IPS, MVA ou PVA. Ângulos de visão mais amplos significam menos mudanças de cor quando você olha lateralmente para a tela. As HDTVs normalmente usam as tecnologias de maior performance como IPS, MVA, e PVA.

Profundidade de cor

Algumas LCDs são painéis de 6 bits, que são capazes de exibir aproximadamente 65 mil cores; outras são de 8bits, e conseguem exibir mais de 16 milhões de cores. Nos modelos mais completos, há LCDs de 10 bits que podem exibir mais de um bilhão de cores. Uma LCD de 6 bits pode “imitar” cores de 8bits a alguma extensão ao usar uma técnica chamada “dithering”. Esse approach tenta aproximar a verdadeira cor de uma imagem ao usar combinações de cores que a tela é capaz de exibir.

Para a maior parte dos usuários de computador, uma tela de 6 bits pode não ser ideal, mas se tudo que você faz é acessar a Internet e trabalhar com textos, não é o fim do mundo. Por outro lado, se o seu trabalho exige alta precisão de cores – como edição profissional de vídeo ou de fotografia – você vai querer se assegurar de ter, no mínimo, uma tela de 8 bits. As HDTVs normalmente usam telas de 8 bits ou superiores, então essa é uma preocupação a menos para TVs de alta definição.

Backlighting

O outro grande diferenciador entre as LCDs é a tecnologia de backlight. Tradicionalmente, as LCDs usavam fonte de backlight com lâmpada fria fluorescente (CCFL, em inglês), uma configuração que basicamente usa um tubo para iluminar sua tela. A maior desvantagem das CCFLs é que a backlight escurece com o tempo, por isso à medida que sua HDTV ou monitor envelhece, torna-se mais escuro e menos brilhante.

O backlighting LED (light-emitting diode) resolve esse problema específico, e oferece mais alguns benefícios. Ele não envelhece com o tempo, e ao contrário do backlighting CCFL, que demora um tempo para esquentar para atingir brilho total quando você liga a tela, o LED possui brilho total desde o momento em que é ligado.

Ele também possui um consumo de energia mais eficiente, sendo ideal para laptops e outros aparelhos portáteis, como smartphones e tablets. A empresa de pesquisa de mercado DisplaySearch prevê que mais da metade das HDTVs vendidas em 2011 virão com alguma forma de backlighting de LED.

É possível encontrar duas variações de backlighting de LED. O Edge-lit, como sugere o nome, coloca os LEDs ao longo da borda da tela, enquanto que no full-array, os LEDs ficam atrás do próprio painel. Normalmente, o full-array pode fazer um truque adicional que é muito útil: ele desliga o backlight em áreas mais escuras de uma cena para melhorar o contraste da tela – uma técnica conhecida como “local-area dimming” (algo como “escurecimento local da área”).

E essa técnica também está chegando a algumas LCDs com edge-lit. Em um evento neste ano, a Samsung anunciou HDTVs com backlit edge-lit que também possuem a função “local-area dimming”.

Taxa de atualização

A taxa de atualização (refresh) de uma tela descreve a velocidade com que ela consegue exibir um novo frame de vídeo. A taxa é normalmente expressada em hertz (Hz), que efetivamente significa a frequência de atualizações por segundo da tela (por exemplo, uma tela 60Hz se atualiza 60 vezes por segundo). As LCDs geralmente vem com taxas de 60Hz, 120Hz, ou 240Hz.

A taxa de atualização é um indicador importante sobre o quão bem uma tela consegue lidar com movimentos rápidos (fast motion) – uma coisa importante a considerar se você gosta de assistir a eventos esportivos ou filmes de ação. De modo geral, quanto maior a taxa de atualização, mais suave será o movimento. Essa é uma consideração mais para HDTVs, mas também existem alguns monitores de 120Hz no mercado.

O impacto da taxa de atualização sobre o desempenho de uma tela é uma questão controversa. Em testes, descobriu-se que, de forma geral, 120 Hz é atualmente o ponto mais legal para HDTVs; você terá movimentos mais suaves do que com um set de 60Hz, e os preços estão diminuindo. A diferença entre 120Hz e 240Hz não é tão gritante, por isso comprar uma HDTV de 240Hz pode não valer o investimento extra.

Tenha em mente que uma maior taxa de atualização não garante necessariamente uma melhor performance de movimento. Existem algumas HDTVs de 120Hz que falham em testes de movimento, por isso outros fatores – como os componentes eletrônicos por trás da tela – podem estar em jogo. Obviamente, o melhor a se fazer é olhar pessoalmente as HDTVs antes de comprar uma.

Proporções de contraste não significam nada

Muitos fabricantes fazem um enorme barulho sobre as taxas de contraste (contrast ratios), que deveriam especificar qual a amplitude que um raio de tonalidades claras e escuras podem ser exibidos por uma HDTV ou monitor. No entanto, essa é uma medida que não significa nada quanto à qualidade de uma tela.

Atualmente, não existe uma forma padrão de medir isso, o que explica até certo ponto a razão de uma companhia talvez listar seus produtos como tendo proporções de contraste no raio de 20,000:1, enquanto outra pode se gabar sobre proporções de 1,000,000:1.

Até que a indústria de eletrônicos estabeleça uma maneira de medir e expressar as proporções de contraste, você provavelmente deveria ignorar toda essa métrica. Em vez disso, julgue uma tela usando seus próprios olhos. Você vai querer procurar por telas que possuem preto bem escuro, como tinta, e evitar aquelas que possuem preto mais puxado para cinza.

3D

As telas 3D normalmente funcionam ao exibir dois streams de vídeo ao mesmo tempo: um para o olho esquerdo, e outro para o direito. Os frames desses sinais de vídeos são entrelaçados, por isso é preciso usar óculos para filtrar os dois sinais (ou seja, o obturador da lente esquerda vai filtrar a imagem produzida para o olho direito, e vice-versa).

Tanto a própria tela quanto os eletrônicos subjacentes possuem papel importante na tecnologia 3D. Uma HDTV ou monitor 3D precisa de uma rápida taxa de atualização (120Hz ou mais rápida), mas não importa se a tela é LCD ou plasma. No caso de telas 3D polarizadas, um filme colocado sobre a tela facilita o efeito 3D (no entanto, você ainda vai precisar dos óculos para filtrar os dois sinais de vídeo). E uma vez que uma TV 3D exige dois sinais de vídeo para o efeito 3D, também vai precisar de dois sintonizadores HD.

Uma tecnologia 3D ainda inédita é o 3D “autoestereoscópico” – em outras palavras, são telas que não precisam de nenhum tipo de óculos. A novidade estará presente em um futuro não muito distante, em gadgets portáteis como smartphones e no Nintendo 3DS, mas vai demorar um tempo até que você possa ter uma TV 3D autoestereoscópica.

O que vem depois: OLED

Telas OLED (Organic light-emitting diode) representam uma tecnologia relativamente nova; elas apareceram primeiro em aparelhos móveis e agora estão chegando aos monitores de PC e televisores. Ao contrário da LCD, OLED não exige nenhuma backlight – os pixels individuais se acendem. Isso permite que as telas desta tecnologia sejam muito finas.

No momento, a OLED continua impraticável em aparelhos maiores, especialmente em razão de custos de fabricação. Por exemplo, é esperado que a TV OLED de 15 polegadas da LG custe 2000 euros, ou cerca de 2.500 dólares nas taxas de câmbio atuais.

O tempo de vida tem sido uma preocupação para telas OLEDs. O analista de mercado da empresa DisplaySearch, Paul Semenza, nos diz que existem dois problemas: a degradação de tela como um todo, e a vida curta dos pixels individuais de cor.

Se um pixel de cor possui um menor tempo de vida do que outro, isso vai resultar em uma cor defeituosa com o passar do tempo. De acordo com informações prévias, os pixels azuis podem morrer rapidamente nas telas OLED, apesar de os engenheiros terem trabalhado duro para corrigir o problema. Semenza afirma que o tempo de vida das telas OLED tem melhorado nos últimos anos, mas que muita coisa depende do processo de produção.

Por enquanto, uma tela OLED deve funcionar bem em um telefone celular que você vai ter por alguns anos e então trocar, mas é difícil dizer como ela irá se comportar em dez anos de uso, que é o tempo esperado de muitos monitores e TVs.

Além disso, Semenza afirma que produzir telas OLED maiores em grandes quantidades vai exigir novas fábricas e novos métodos de produção, por isso não prenda sua respiração aguardando por uma HDTV OLED de 40 polegadas.

Apesar desses problemas, a OLED ainda é uma tecnologia que vale a pena acompanhar e aguardar, mesmo que fora da sala de estar. No ano passado, a Sony demonstrou uma tela OLED flexível, que um dia poderia ser usada em todos os tipos de gadgets.

Quer uma TV nova? Entenda a diferença entre as tecnologias

Todo ano de Copa do Mundo há uma explosão na venda de televisores. Mas nunca foi tão difícil escolher um aparelho novo, em meio a tantas tecnologias e opções. Plasma, LCD, LED e a novíssima 3D são as alternativas, que não excluem uma boa e velha televisão de tubo, em alguns casos (se o sinal não for em alta definição, por exemplo).

A onda agora é a busca pela alta definição. Com efeito, quem se acostuma às imagens HD (sigla inglesa para “high definition”) tem grande dificuldade para voltar ao esquema antigo. Até mesmo assistir a DVDs passa a ser um castigo para os olhos.

O ideal, claro, é assistir TV com a maior resolução de imagem possível. Mas a primeira limitação que o consumidor encontrará é a presença do sinal de alta definição. Se a sua cidade não dispuser de transmissão em HD (a tal “TV digital”, como é mais comumente chamada) e você não estiver a fim de gastar uma grana maior contratando um serviço de TV por assinatura em HD, não vale muito a pena dar uma turbinada tecnológica no televisor.

Agora, se o sinal de alta definição está ao seu alcance (ou ainda, se você também pretende dar grande uso à TV nova assistindo a filmes em DVD ou, melhor ainda, em Blu-ray), aí é o caso de começar a pesquisar que aparelho comprar. Convém, independentemente da escolha, buscar um aparelho que já possua o conversor para os sinais HD embutido. Praticamente todos os modelos mais recentes o possuem, mas há ainda nas lojas aparelhos mais antigos que não têm.

High definition

Antes de partir para a compra da TV, é importante entender a diferença entre a resolução que as imagens produzidas pelos aparelhos modernos podem alcançar. Há dois tipos de TV compatíveis com alta definição: as classificadas apenas como HD-Ready e as que possuem a funcionalidade Full HD (Full High Definition).

A rigor, para uma imagem ser considerada “alta definição”, ela precisa ter no mínimo 720 linhas horizontais. As linhas podem ser apresentadas de forma progressiva (todas simultaneamente para cada quadro) ou entrelaçada (as linhas pares são exibidas primeiro, e as ímpares depois, formando o quadro em dois tempos), e daí vem a letra (p ou i) que costuma acompanhar o número que indica a resolução da imagem. Os formatos mais comuns para transmissões de TV são o 720p e o 1080i. Já os discos Blu-ray usam, na maior parte das vezes, a resolução-padrão máxima adotada internacionalmente, o 1080p.

Esses números, entretanto, podem não ter correspondências com a resolução da televisão. Entre as TVs HD-Ready, por exemplo, o mais comum é a tela ter 768 linhas horizontais (que não se encaixam exatamente nem nos 720, nem nos 1080). Na prática, essas TVs costumam “aceitar” (e converter para sua própria resolução) sinais 720p e 1080i. Já os 1080p só podem ser exibidos em aparelhos Full HD, cuja resolução de tela é de 1920 x 1080 pixels.

De toda forma, seja qual for o modelo escolhido, se for HD-Ready já representará um grande evolução com relação às transmissões tradicionais. A TV analógica chega a apenas 480 linhas de resolução.

E para conseguir atingir a resolução máxima, os tais 1080p, todos os elementos — desde a produção da imagem até a visualização no televisor — devem utilizar tecnologia em Full HD. Portanto, é necessário possuir um televisor que consiga reproduzir o sinal de altíssima definição e, em conjunto ao aparelho, é preciso que a fonte do sinal digital também tenha resolução máxima, além do conteúdo exibido ter sido produzido em Full HD.

Se você chegou até aqui, é hora de decidir pela tecnologia adotada. Conheça abaixo cada uma.

Os modelos da série 7000, da Samsung, exibem imagens em 3D. Com tecnologia LED Full HD, os aparelhos permitem que qualquer imagem convencional seja convertida em 3D. O fabricante não divulga o preço, mas o modelo de 46 polegadas pode ser encontrado por R$ 7,4 mil.

Plasma

É a tecnologia mais “antiga” de televisores “finos” de alta resolução. O nome vem do princípio de funcionamento, que usa plasma (o quarto estado da matéria, basicamente um gás em que os elétrons são dissociados dos núcleos atômicos) para produzir as imagens.

Prós: O mais óbvio é o custo. São televisores grandes e, em termos comparativos, baratos. Mas também há outras grandes vantagens, como a alta taxa de renovação da imagem da tela (chegando a 600 Hz, unidade usada para designar a frequência de atualização da imagem), que permite a visualização mais natural de movimentos, e o alto nível de brilho e contraste, em comparação com o LCD.

Contras: Os modelos de plasma consomem mais energia que todos os outros. Além disso, são as telas mais “sensíveis”. Há o risco, por exemplo, de marcá-la em definitivo (o chamado efeito “burn-in”) quando a imagem fica congelada durante muito tempo – algo cada vez menos comum com os modelos mais recentes. E é complicado encontrar um aparelho que seja Full HD (ou seja, que tenha a resolução máxima adotada como padrão) e não seja gigantesco (50 polegadas ou mais).

Há uma crença de que os modelos de plasma apresentem pouca durabilidade, o que não é verdade. A Panasonic divulga, por exemplo, que a duração de um desses modelos seja de 100 mil horas de funcionamento, ou mais de 33 anos.

LCD

É hoje a alternativa mais comumente adotada de displays de alta resolução. Com uso de cristal líquido, a tecnologia é a mesma dos monitores de computador, aperfeiçoada para dar maior contraste, brilho e taxa de atualização de imagem.

Prós: Além de consumir menos energia que os televisores de plasma, os televisores LCD não possuem o problema do “burn-in” e não têm limitações quanto ao tamanho da tela: é possível fabricar modelos menores (26 polegadas, por exemplo) e fazer telas de médio porte já com resolução Full HD (32 polegadas para cima). Com isso, dão mais flexibilidade de escolha ao consumidor.

Contras: Os principais pontos fracos dos LCDs são a baixa taxa de atualização da imagem (os modelos mais arrojados vão a 240 Hz, mas ainda longe dos 600 Hz dos televisores de plasma) e a dificuldade de imprimir maior brilho e contraste ao televisor, a despeito dos avanços em anos recentes.

LED

A “última bolacha do pacote” em termos de TV: consiste basicamente numa tela LCD convencional “iluminada por trás” por LEDs (diodos de emissão de luz, na sigla inglesa). A tecnologia faz os outros televisores “finos” parecerem tão gordos quanto Ronaldo Fenômeno: os televisores LED têm espessura de cerca de 3 cm, para modelos com até 55 polegadas.

Prós: Design mais sofisticado, contraste e brilho muito melhores que os do LCD convencional e baixo consumo de energia são os grandes destaques.

Contras: O preço é ainda muito salgado e a taxa de atualização da tela segue com as mesmas limitações do LCD convencional. Alguns modelos vão a 480 Hz, mas ainda perdem, nesse quesito, dos displays de plasma.

3D

O futuro dos televisores pode ser a tecnologia 3D. Ou não. Já existem dois fabricantes comercializando essas TVs no Brasil (modelos LED com transmissão de imagens tridimensionais), mas é complicado justificar sua aquisição no momento, por conta da baixa quantidade de conteúdo em 3D disponível e o alto preço dos equipamentos.

Talvez isso mude nos próximos anos, mas no momento faz pouco sentido adquirir um aparelho desses. É um investimento para o futuro.

A rota do mercado

Hoje em dia, para os displays de alta definição, o plasma é o modelo mais comum de entrada, pelo custo, mas a maior fatia do mercado vai para o LCD.

As empresas fabricantes, entretanto, esperam uma mudança neste quadro, que está começando agora. “O LED vai assumir em algum tempo o papel do LCD. E o plasma tem uma tendência de ir diminuindo pouco a pouco, é um mercado que já está estagnado. Ele está lá porque é um primeiro preço. Mas com evolução do LED, ele também ficaria um pouco mais distante”, afirma Rafael Cintra, gerente sênior de área de TVs da Samsung, empresa que foi pioneira nos mercados de LED e 3D no Brasil. “A tendência é o LCD ocupar o lugar hoje tomado pelo plasma, e o LED ocupar o espaço atual do LCD.”

A expectativa é a de que o mercado de LED, que no ano passado representou 50 mil unidades vendidas no Brasil, salte para 1 milhão.

Já o 3D segue sendo uma aposta. Provavelmente irá se tornar algo grande, mas ainda precisará de alguns anos para se firmar completamente e para que se tenha uma noção do real potencial de mercado para a tecnologia. Por ora, a ideia segue sendo um grande negócio somente nos cinemas.