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A Lição do Cavalo

Conta-se que um fazendeiro, dono de excelentes cavalos de muita valia, nos trabalhos de sua propriedade rural, recebeu um dia a notícia de que o preferido dele, um alazão forte e muito bonito, havia caído num poço abandonado.

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O capataz que lhe trouxe a má notícia estava desolado porque o poço era muito fundo e pouco largo e não havia como tirar o animal de lá, apesar de todos os esforços dos peões da fazenda. O fazendeiro foi até o local, tomou tento da situação e concordou com seu capataz: não havia mais o que fazer, embora o animal não estivesse machucado! Não achou que valia a pena resgatá-lo, ia ser demorado e custaria muito dinheiro.

– Já que está no buraco – disse ao capataz – você acabe de enterrá-lo, jogando terra em cima dele..

Virou as costas, preocupado com seus negócios, e os peões de imediato começaram a cumprir a sua ordem. Cinco homens, sob o comando do capataz, atiravam terra dentro do buraco em cima do cavalo.

A cada pazada, o alazão se sacudia todo e a terra ia se depositando no fundo do poço seco. Os homens ficaram admirados com a esperteza do animal: a terra ia enchendo o poço e o cavalo subindo em cima dela! Não demorou muito e o animal já estava com a cabeça aparecendo na saída do poço; mais algumas pazadas de terra e ele saltou fora, sacudindo-se e relinchando, feliz!

Moral da história: Não aceite a terra que jogam sobre você os que querem enterrá-lo em vida; reaja com confiança, mexa-se, procure o seu espaço, suba sobre essa terra e aproveite para subir cada vez mais, agradecendo os que, pensando feri-lo, estão lhe dando a oportunidade de crescer material e espiritualmente.

Quando pensarem que você “já era”, a sua vitória será ainda mais espetacular . Arrisque! Viver é arriscar. O homem que vai mais longe é o que, em geral, está disposto a fazer e a arriscar.

O assunto é… Apego!

“O apego gera a paixão. A paixão gera a ira. A ira gera perda do discernimento. A perda do discernimento gera o obscurecimento da memória que, por sua vez, gera a debilidade do intelecto.” – Gita V,5-6

Li sobre algo no Blog do Luilton – Anônimo Famoso, gostei muito e vou repassar.

NÃO RECOMENDO: APEGO

Não recomendo a ninguém.
Você pode transformar seus relacionamentos se deixar o apego de lado. Falo por experiência própria.
O apego cega, apaga sua espontaneidade e não melhora sua personalidade.

Passa a ser NECESSIDADE estar ao lado da pessoa, e deixa de ser espontâneo e agradável.

Você nutre um sentimento egoísta, não suporta ver a outra pessoa feliz sem a sua presença.

Que coisa triste é o apego.

E o pior: Acaba sofrendo sem merecer, e na maioria das vezes por uma pessoa que não merece.

Aliás, ninguém é tão importante a ponto de merecer  que os outros sofram por eles.

O apego gera o pior tipo de relacionamento (conjugal, de amizade ou até mesmo familiar): o forçado, o grudento, o egoísta…o ciumento.

Definitivamente, não recomendo o apego.

Alguém se diz contrário a isso? Bem, eu não. Concordo plenamente, tudo que gera dependência faz mal. Mas é difícil não nos apegarmos às coisas que gostamos. Essa coisa de ~apego~, é um tanto quanto complexo. E na maioria das vezes, só nos resta esperar que os velhos sentimentos morram e que eles abram espaços para os novos.

Resquícios de Uma Tarde de Amor

Querido, foi tão rápido…
O tempo voou,
como o inimigo que foge apavorado,
incontrolável…
Ficaram as lembranças…
resquícios de uma tarde de amor!

Foram-se as dores, os temores,
nas suas mãos mágicas que me acalentaram…
Do seu amor, sorvi em doses fartas,
o néctar dos deuses…
gulosamente,
sobejamente!

Seus olhos faíscavam,
encontrando faíscas dos meus…
Subitamente,
como se estivéssemos voltando no tempo,
há milênios,
e você me pertencesse exclusivamente,
eu pude ouví-lo dizer
o que eu mais queria ouvir:
Eu te amo!
“Até o fim de nós mesmos”…
lembra-se?
Ah, como eu queria,
poder ter todos os dias,
dessa doce magia!

Eliminar para sempre
essa distância impertinente
que nos ronda há anos!
Imposta pela vida,
pelas circunstâncias,
pelos desencontros,
pontos… contrapontos…

Eu nunca quis errar…
Deus sabe que sim!
Mas se errar é amar,
eu errarei até o fim!
Sendo feliz assim…
feliz assim…
assim…
nós dois…
e o fim!

Ciducha

 

Contra o Tempo

… contra o tempo caminho
precisando respirar
destravar coisas do âmago
frases soando como versos
sem lugar pra deixar…

Os jardins estão poluídos
as letras virando pó
as rochas nada querem gravar
só querem escutar
nada falar…

… não sei onde letras deixar
as folhas somem no soprar do vento
apodrecem virando vidas
abrindo poemas em terras famintas.

Maria Thereza Neves

Tanta Coisa Mudou

Mudou
o jeito de falar do amor
o canto do verso
o olhar da letra
a música da palavra
o encanto dos sentidos.

Mudou…
Até o silêncio mudou
Mas questiono
a travessia
e procuro poesia
no curso das mudanças

Mudou…
E interessante é perceber
que o trajeto percorrido
permanece em mim
mudo no espelho
e há tanto ainda pra dizer!

Graça Ribeiro

Por quê?

Por quê?

Para nunca mais,
em minhas noites sozinha sentir você me faltar.
Para nenhum grito mais ter que calar.

Só para não ver mais sua presença como fumaça no ar desaparecer.
E eu… aqui… querendo tanto viver…
Para tentar compreender o que o coração tanto queria saber,
e que agora a razão me obriga a esquecer!

Por quê?

Para não ter mais lágrimas a derramar
e nenhum choro mais no travesseiro para abafar!
Para não ver o amor se derreter…
nem uma vida se perder.

Por quê?

Para não mais sofrer, nem doer, nem chorar
e quem sabe um dia, apesar de tantas certezas…
conseguir de novo, com tudo o que tenho direito…
Amar?

Enviado por Andréa Maia em 03/12/2007
Recanto das letras – Texto T762444

Inspiração

Sou amiga das estrelas
Sou poeta da noite,
Das madrugadas
Das ruas vadias e molhadas
Da luz bruxuleante nas calçadas!

Sou poeta do amor
Do inconstante amor sem freios
Daquele que é único na vida
Do amor que fica, que é sem medida
E que procurei por todos os meios
Só encontrando (e passou tão rápido)
Numa noite fria, pela chuva alagada.

Sou poeta da vida
Desta vida que tentei entender
E ela passa quase sem eu a ver
Essa vida corrida, bandida
Feliz e descabida
Que junto ao amor convida
A ser vivida plena , sem nada tolher…

Ainda que pense o contrário
Sou poeta dos sonhos
Notívaga, às vezes perdida
Nas dobras das madrugadas,
Do amor, aos sonhos
Vou nas noites tecendo em relicário,
Ora em rendas, ora em frangalhos
Os pedaços de minha vida!!

Theca Angel