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Como escolher uma distribuição Linux para o Desktop

Com todos os bons motivos para usar o Linux atualmente – especialmente em uma empresa – geralmente é fácil decidir abandonar o Windows. O que é difícil, entretanto, é decidir qual distribuição (nome dado às “versões” do sistema operacional) Linux é a mais adequada para você ou para sua empresa.

A julgar pelos números de popularidade rastreados tanto pelo site Distriwatch como por um estudo recente da LinuxTrends, o Ubuntu é claramente a “distro” mais popular. Não há como negar que o Ubuntu tem muitos benefícios para os usuários, mas ao mesmo tempo há muitas outras possibilidades, cada qual adicionando seu “tempero” próprio ao Linux.

Qual distribuição é a melhor para você? A resposta depende de vários fatores:

1. Habilidade

Se você nunca usou o Linux antes, é melhor ficar com uma distribuição mais adequada aos usuários iniciantes. Esta é uma das principais características do Ubuntu, mas o Fedora, Linux Mint e o openSUSE também podem ser boas escolhas. Eu recomendaria o Ubuntu ou Fedora para um novo usuário.

Fique longe de versões alpha, beta e release candidate (RC) do software, já que elas podem ser instáveis. Por outro lado, se você se considera um usuário avançado  pode preferir distribuições como o Gentoo, Debian, Arch Linux e Slackware. Ou quem sabe fazer sua própria distribuição do zero com o Linux from Scratch!

2. Foco

Se seu trabalho (ou o de sua empresa) é focado em uma área específica, vale a pena dar uma olhada nas muitas versões “de nicho” do Ubuntu, como a EduBuntu (para educação) e UbuntuStudio (para músicos, artistas gráficos e produtores de vídeo).

3. Suporte

Cada distribuição tem sua própria comunidade online, que é geralmente o melhor lugar para conseguir ajuda gratuita quando problemas surgem. Antes de escolher uma distro, pode ser uma boa idéia “dar uma olhada” em sua comunidade visitando os fóruns onde os usuários se reúnem. Alguns são mais amigáveis do que os outros.

Se você não se sente confortável com o suporte oferecido pela comunidade, pode optar por uma versão comercial do Linux com suporte técnico oferecido pelo desenvolvedor ou revendedor. O Red Hat Enterprise Linux e o SUSE Linux Enterprise Desktop (antigamente conhecido como Novell Linux Desktop) geralmente estão entre as melhores escolhas entre as distribuições Linux para o segmento corporativo.

4. Hardware

Uma das muitas virtudes do Linux é que ele pode rodar muito bem em hardware mais antigo, então não é necessário ter um computador poderoso para conseguir desempenho satisfatório. Se seu hardware é antigo, uma distribuição como o Puppy Linux é uma boa escolha. Para desktops com recursos (como RAM e espaço em disco) limitados distribuições como o Xubuntu e o Debian XFCE Edition podem ser úteis. E para os netbooks há inúmeras opções, como o Ubuntu Netbook Remix, EasyPeasy ou o Jolicloud.

Em máquinas mais modernas, seus periféricos podem influenciar a escolha da distribuição. Se você depende de um leitor de cartões de memória, modem 3G ou impressora multifuncional no dia-a-dia, por exemplo, é melhor verificar sua compatibilidade com a distribuição que pretende usar antes de migrar. Entre as distribuições atualmente no mercado, o Ubuntu é provavelmente a que tem a melhor compatibilidade de hardware.

5. Software

Se há algum programa que é indispensável para o seu dia-a-dia ou de sua empresa, planeje-se para não ser pego de surpresa sem ele. Primeiro, verifique se há uma versão Linux, seja do fornecedor original ou equivalente Open Source. Se for um software proprietário, certifique-se de que é possível rodá-lo na distribuição que escolheu: apesar de oferecer uma versão “Linux”, muitas empresas “empacotam” seus programas para uma distribuição específica, e não garantem seu funcionamento em outras versões do sistema.

Ainda indeciso?

Se você ainda não conseguiu decidir qual distro usar, há vários “testes” online para guiá-lo em sua escolha. Os mais indicados são o Linux Distribution Chooser da zegenie Studios e o Distro Chooser do site polishlinux.org.

Seja qual for  distribuição escolhida, é uma boa idéia experimentá-la antes usando um LiveCD ou LiveUSB. Assim você pode se decidir se o sistema é realmente adequado para você antes de instalá-lo em sua máquina. Se preferir, pode ser uma boa ideia começar a usar o sistema em regime de “dual boot”, assim o Windows estará sempre por perto se você eventualmente precisar. Também recomendo uma referência impressa. Para os usuários do Ubuntu, por exemplo, o livro “The Official Ubuntu Book” é uma boa opção.

E lembre-se de que a principal característica do Linux é a liberdade de escolha. Se a primeira distribuição que você escolheu não parecer a certa, há muitas outras para experimentar e isso não vai lhe custar um centavo. Tente fazer isso com software proprietário!

Como dar boot no Ubuntu e outras distribuições GNU/Linux usando pendrives e cartões de memória

Há momentos em que se quer testar um sistema operacional diferente ou fazer um processo de manutenção que exija o acesso por um outro sistema. Nessas ocasiões o mais comum é pensar em usar uma mídia de CD ou DVD para inicializar a partir do equipamento.

Uma alternativa mais prática pode ser usar um pendrive ou cartão de memória, já que não é preciso gravar uma mídia ótica. Para isso pode ser usado o UNetbootin, um aplicativo que permite configurar mídias USB “bootáveis” com sistemas GNU/Linux. A opção é especialmente interessante para netbooks e equipamentos que não possuam um drive de CD ou DVD.

Entre os sistemas operacionais que podem ser usados estão o Ubuntu e o Parted Magic. O Ubuntu é um sistema operacional que está em constante desenvolvimento e que possui recursos úteis para o dia a dia, como editor de texto, imagem, navegador Web, entre outros. O Parted Magic é uma opção interessante para aqueles que desejam realizar manutenção em um disco, com opções para criar, alterar e formatar partições.

Obtendo o aplicativo

Passo 1. Faça o download do aplicativo UNetbootin. Caso o disco seja criado no GNU/Linux, baixe a partir do site do projeto.

Passo 2. Execute o arquivo baixado dando dois clique sobre ele. O programa não é instalado, apenas executado.

Instalação com download automático

Passo 3. Na tela inicial, clique na primeira caixa de seleção e escolha a distribuição GNU/Linux a ser instalada. A título de exemplificação, selecionamos o Ubuntu.

Passo 4. Aparecerá um texto indicando o site, descrição e notas de instalação a respeito do Ubuntu. Na segunda caixa de seleção serão mostradas as versões do sistema operacional disponíveis para download. As versões que têm no nome “Live” podem ser executadas sem instalação e são interessantes para teste. A opção com maior numeração indica uma versão mais recente. Selecione a versão desejada.

Passo 5. Em ‘Tipo’ mantenha selecionada a opção ‘Unidade USB’ e certifique-se de escolher a ‘Unidade’ que corresponda ao pendrive ou dispositivo USB desejado. Clique em ‘Ok’ para iniciar o processo.

Passo 6. Será exibida uma tela com 4 etapas, executadas automaticamente: baixar o arquivo do sistema operacional, extrair e copiar arquivos para o pendrive, instalar o programa responsável por dar boot e reinicialização do computador. Aguarde o término da execução das etapas.

Passo 7. Ao final, caso o uso do pendrive seja para outra máquina, apenas clique em ‘Sair’ para continuar usando o computador normalmente.

Uso do pendrive SD para dar boot

Passo 8. Para usar o pendrive para dar boot é preciso configurar a BIOS. Para isso, ligue o computador e mantenha pressionada a tecla para entrar na BIOS ou escolher o dispositivo que será usado na inicialização — comumente é uma das teclas: DELETE, F1, F2, F8, F12 ou ESC.

Passo 9. Encontre a opção de boot desejada e modifique o valor para drive USB.

Passo 10. O computador será inicializado com o sistema operacional instalado no pendrive.

Instalação a partir de uma ISO

Passo 11. Caso você já tenha baixado a ISO do sistema operacional a ser instalado não é preciso fazer um novo download. Após executar o passo 1 e abrir o programa, selecione a opção ‘Imagem de disco’ e indique a localização da ISO no computador.

Passo 12. Clique sobre o tipo de imagem a ser utilizada (ISO ou disquete).

Passo 13. Continue a instalação pelos passos de 5 e 6.

Instalação em um sistema operacional GNU/Linux

Passo 14. Baixe a versão a ser utilizada, conforme o passo 1.

Passo 15. Abra o terminal e acesse a pasta de download. Por exemplo: cd ~/Downloads

Passo 16. Atribua a permissão de escrita ao programa: chmod +x unetbootin-linux-494

Passo 17. Execute o aplicativo: ./unetbootin-linux-494

Passo 18. O funcionamento do programa é idêntico à versão do Windows. Basta seguir os passos de 3 a 6.

Fonte: UNetbootin