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Streaming de música: qual é o melhor?

Ouvir música na internet se tornou uma verdadeira mania. Nos últimos anos, nasceram diversos sites dedicados a oferecer este serviço – cada um com suas particularidades. Sejam pagos ou gratuitos, estes sites crescem de maneira assustadora no mercado da web, e você também pode usufruir deles.

Usar um serviço de streaming musical basicamente permite que você ouça as suas canções favoritas, seja no seu computador ou em dispositivos móveis, online ou offline, além de compartilhar as listas de reprodução com os amigos e receber sugestões de novos artistas. E detalhe: sem precisar baixar arquivos para o seu computador, ou recebendo músicas com qualidade ruim.

Abaixo, veja detalhes das principais características dos seis principais serviços desse ramo: Spotify, Rdio, Rhapsody, Grooveshark, Senzari e Google Play Music, e avalie qual será o que melhor se encaixa às suas necessidades.

Spotify

Lançado em outubro de 2008, o serviço contava com aproximadamente 10 milhões de usuários em 15 de setembro de 2010 (destes, cerca de 1 milhão de membros são pagantes). O Spotify estreou nos EUA no dia 13 de julho após uma longa negociação com as gravadoras. De acordo com números próprios da empresa, seriam 1.6 milhão de assinantes só na Europa.

Disponível em apenas dez países (grupo que não inclui o Brasil), o serviço trabalha com três planos: o gratuito, que oferece acesso limitado às músicas e exibe anúncios, o Unlimited, que custa US$ 5 mensais e permite ouvir qualquer canção, e o Premium, que custa US$ 10 e pode ser executado em celulares, armazenar músicas para serem executadas offline, e permite o acesso internacional, em qualquer lugar do mundo.

Ainda não há previsão para que o Spotify chegue ao Brasil e muitos usuários até conseguem criar contas gratuitas no programa por meio de proxys, mas se você quiser o pacote Premium, é preciso apelar para o GoSpotify.Net, um site que registra a conta pra você, independentemente de qual lugar do mundo você esteja, por US$ 15 mensais durante um ano.

Rdio

Ao contrário do Spotify, o Rdio está disponível no Brasil e tem até mesmo uma empresa de telefonia como parceira: a Oi. O serviço chegou ao país no final de 2011, mas tem uma boa chance de emplacar pela dedicação ao mercado local. À princípio, são sete dias de testes gratuitos para qualquer usuário.

Se você gostar, aí a coisa já muda um pouco de figura: R$ 8.99 mensais para ouvir músicas online e R$ 14.99 no plano com app para celulares e opção de escutar as canções offline. Entre as principais funções do Rdio estão criar listas de reprodução, pesquisar por músicas da sua banda favorita e até mesmo criar construir uma rede de amigos se você relacionar sua conta às redes sociais.

O modo offline é bem interessante e permite que o usuário ouça suas músicas em qualquer lugar, mesmo se não tiver conexão com a internet. É possível sincronizar as canções de suas playlists com telefones, tablets ou PCs sem estar conectado à web, por meio de aplicativos especiais que são gratuitos. Tem apps para Android, iPhone e BlackBerry.

Rhapsody

O serviço se classifica como uma jukebox online. Por planos mensais que custam 5, 10 ou 15 dólares, o usuário que se cadastrar no Rhapsody terá a seu dispor uma variedade imensa de músicas e que podem ser ouvidas nos mais diversos dispositivos eletrônicos. É esta polivalência o seu principal diferencial.

Criado em 2001, é um dos pioneiros no ramo e tem suporte para mais de 70 aparelhos, sejam eles computadores, tablets, mp3 players e até mesmo televisões. São 13 milhões de músicas no catálogo e uma experiência de dez anos neste mercado. Além das músicas organizadas por cantores, há também playlists já prontas de acordo com os ritmos.

No entanto, assim como no Spotify, nada de conta para brasileiros. Ao tentar criar uma conta ou fazer o download de um software do Rhapsody em seu site oficial, a mensagem “Sorry, we are not able to offer Rhapsody Premier at this time” desanima um pouco. No entanto, é sempre possível criar uma conta grátis utilizando um serviço de Proxy, como este programa chamado Tor.

Grooveshark

O Grooveshark talvez seja um dos serviços mais conhecidos no Brasil, e também um dos mais fáceis de serem utilizados. Online desde 2007, o site está disponível para qualquer um e é possível ouvir música sem ao menos ser cadastrado. Basta acessar, procurar a canção que você deseja e dar play. Como se fosse um YouTube, porém, somente de músicas em áudio.

Mas quem deseja se cadastrar pode aproveitar muito mais as funcionalidades do serviço. É possível integrar sua conta ao Facebook e ao Google+, compartilhar o que está ouvindo, criar playlists e ter um perfil para se relacionar com os amigos que têm conta no Grooveshark… Uma experiência online bem interessante, e o melhor: de graça e em português.

Também há planos pagos, com as características que já são comuns também nos seus principais concorrentes: por nove dólares você pode ter acesso móvel ao programa, em seu celular; ou por seis dólares você pega a versão sem anúncios e interrupções em sua música. Ambos estão disponíveis para o público brasileiro.

Segundo informações da Wikipédia, o fluxo de músicas do Grooveshark é de 40 a 50 milhões de “plays” por mês, com mais de 400 mil usuários – número que cresce de 2 a 3% mensalmente.

Senzari

Lançado neste fim de ano simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos, o Senzari tem como principal característica uma novidade que pode ser interpretada como muito positiva ou muito negativa. Integrado ao Facebook, ele não necessita de cadastro em separado para se registrar. Basta digitar as informações de sua conta na rede social para ter acesso à essa rádio online, que é um tanto quanto curiosa.

O motivo? Além das 10 milhões de músicas e das parcerias com canais como MTV e VH1, o serviço dá sugestões de playlists baseadas no gosto musical do usuário. Por exemplo: no caso de buscar por um cantor de hip-hop, como 50 Cent, a página pode incluir em sua lista de reproduções canções de nomes como Snoop Dogg e Eminem. Caso você não goste da recomendação, basta avaliar o artista negativamente (mesmo esquema do Last.FM e do Pandora).

Outra característica interessante do programa é que ele exibe os amigos que estão online no Facebook no menu do lado direito. Assim, você pode interagir com os contatos, convidando-os para o serviço e até mesmo recomendando e recebendo dicas sobre as músicas. Do lado esquerdo no menu é possível criar novas “stations” e acessar as que já foram criadas.

Google Play Music

O serviço de músicas do Google é uma ótima opção para quem gosta de escutar suas canções favoritas em qualquer lugar e com muita praticidade. Integrado ao Google Play, ele não só permite que se compre músicas pela internet, como também envie as músicas que estão em seu PC para o sistema de armazenamento em nuvem do Google Play Music.

Não há ainda como se registrar com contas brasileiras, a não ser que se mascare o seu IP. Depois disso, não é preciso mais disfarçar as informações de localização de seu computador. Pelo contrário. É possível abrir a página de qualquer computador, tablet ou smartphone – do Brasil ou de qualquer lugar do mundo.

Além disso, para quem tem um dispositivo móvel com o sistema operacional do Google, o Android, é possível fazer o download de um aplicativo totalmente gratuito para ouvir suas músicas também offline em qualquer local. Um grande diferencial em relação aos seus grandes concorrentes, que cobram por este serviço.

No Google Play Music, pelo menos por enquanto, você só paga pelas músicas que comprar. No entanto, se você tiver uma biblioteca musical grande em casa, pode enviar os arquivos pro serviço e não gastar um centavo sequer.

Conclusão

O melhor serviço depende do que você considera ser prioridade. O Spotify tem o melhor acervo de músicas, mas precisa de VPN e alguns macetes para ter uma assinatura paga. O Oi Rdio tem crescido cada vez mais aqui no Brasil, apesar de ser pago. Sua sincronia de músicas offline em smartphones é um diferencial, mas o serviço carece de músicas brasileiras que estejam ‘bombando’.

O Grooveshark, por sua vez, tem um acervo gratuito que pode também ser acessado via 3G, mas boa parte deste conteúdo esta desorganizado (por vezes até duplicado ou com qualidade ruim). O Rhapsody tem uma boa plataforma e bom acervo, mas por ser pouco famoso no Brasil, dificilmente você terá companhia para compartilhar e descobrir novas músicas e artistas.

O Senzari é gratuito, funciona no Brasil e tem um acervo de qualidade, mas ainda engatinha na popularidade e nos serviços premium (não tem acesso via celular). Já o Google Play Music funciona quase como um iTunes, permitindo até que você suba suas músicas do computador para a ‘nuvem’ (ideal para ouvir estilos ‘fora do grande circuito’, como funk, forró ou hip hop brasileiro). O problema é que o serviço não funciona no Brasil, e precisa de VPN e macetes para funcionar por aqui.

Neste post faltaram a Last.fm e o Pandora. O motivo deles não terem entrado na lista é porque ambos possuem um sistema de playlist fechado. Não é possível selecionar quais as músicas que você deseja ouvir.