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Comandos chgrp e chown

A segurança em sistemas Linux (e Unix em geral) é constituída a partir dos conceitos de propriedade dos arquivos e de permissões de arquivos. Neste artigo estudaremos a posse dos arquivos, falando sobre Proprietário e Grupo de um arquivo.

Cada arquivo (e diretório) tem um proprietário individual, geralmente o usuário que o criou, e um grupo com o qual é associado – o “grupo do arquivo”.

Cada grupo pode ter diversos usuários como membros, o que combinado com o conceito de proprietário dos arquivos nos permite fornecer três camadas para controle de acesso aos arquivos e diretórios: usuário proprietário do arquivo, grupo do arquivo, e todos os demais usuários – os “outros”.

Podemos verificar quem é o proprietário de um arquivo ou diretório e seu grupo padrão usando o comando ls com a opção de listagem longa (-l):

ls -l

comando-ls-linux

Observe que no exemplo, todas as pastas e o arquivo curriculum são de propriedade do usuário fabio e estão associados ao grupo fabio. A primeira coluna da esquerda para a direita, logo após a string de permissões (caracteres r, w, x e -) mostra o usuário proprietário e a coluna seguinte, ao lado do tamanho dos arquivos, é o grupo.

Podemos perceber também que ambos são iguais – o nome do proprietário e o grupo – pois este é um comportamento padrão do sistema: quando um usuário cria um arquivo, automaticamente o arquivo é associado ao grupo padrão do usuário.

Vejamos agora como alterar o proprietário de um arquivo e seu grupo associado.

Alterando o proprietário de um arquivo – Comando chown

Podemos alterar o proprietário de um arquivo usando o comando chown (“change owner”). Somente o usuário root pode efetuar essa alteração.

Sintaxe:

chown [opções][novo_proprietátio][:novo_grupo] nomes_arquivos

Veja que o comando chown também permite alterar o grupo associado dos arquivos indicados.

Por exemplo, vamos alterar o proprietário do arquivo curriculum para um usuário chamado renata (já existente no sistema):

sudo chown renata curriculum

comando-chown-linux

Podemos também alterar o grupo do arquivo juntamente com o usuário. Por exemplo, vamos alterar o usuário do arquivo curriculum para ana e seu grupo para marketing ao mesmo tempo:

sudo chown ana:marketing curriculum

comando-chown-linux-ubuntu

Há poucas opções disponíveis para o comando chown, mas uma das mais úteis é a opção -R ou –recursive, que permite alterar a propriedade do arquivo em uma árvore de diretórios inteira.

Tomemos como exemplo o diretório planilhas que contém 5 arquivos de planilhas, todas pertencentes ao usuário fabio:

comando-ls-linux-ubuntu

Queremos alterar o proprietário do diretório e  todos esses arquivos para a usuária renata, de uma vez. Usaremos então a opção –recursive (ou -R) para isso:

sudo chown -recursive renata ./planilhas

comando-chown-linux-debian

Veja que todas as planilhas passaram a ser propriedade da usuária renata.

Se um usuário for removido, os arquivos dos quais esse usuário era proprietário se mantém no sistema, e no lugar do nome do proprietário aparecerá o UID que o usuário possuía. Por exemplo, vamos excluir a usuária renata e depois verificar como ficou a posse de seus arquivos:

comando-ls-linux-debian

Agora, o usuário proprietário dos arquivos mostra apenas o número 1001, que era o UID do usuário renata.

Alterando o grupo de um arquivo – Comando chgrp

Para alterar apenas o grupo de um arquivo usaremos o comando chgrp, que pode ser executado pelo root (sempre) ou por um usuário comum (desde que o grupo seja alterado para um grupo ao qual o usuário pertença).

Sintaxe:

chgrp [opções] novo_grupo arquivos

As opções do comando chgrp são similares às do comando chown, como por exemplo a opção -R (–recursive).

Exemplos:

Vamos alterar o grupo do arquivo planilha-01 para o grupo marketing com o comando chgrp:

sudo chgrp marketing planilha-01

comando-chgrp-linux-ubuntu

Num próximo artigo veremos como controlar o acesso a arquivos alterando suas permissões de acesso.

Linux: Alterando permissões pelo terminal

O Linux possui um sistema de permissões de acesso a arquivos e diretórios relativamente complexo.

Neste sistema existem três tipos de permissões básicas: leitura, escrita (gravação) e execução, representados respectivamente pelos caracteres r, w e x:

  • Leitura (Read): r
  • Escrita (Write): w
  • Execução (Execute): x
  • Sem permissão:

Vejamos como exemplo a listagem de arquivos de um diretório no sistema usando o comando ls -l:

$ ls -l
ls-l-chmod-linux
A primeira coluna à esquerda mostra as permissões dos arquivos e diretórios listados. Note que o primeiro caractere mais à esquerda indica o tipo do arquivo mostrado. Temos então dois arquivos (curriculum e planilha-01) e um diretório (Projetos).

Os tipos mais comuns incluem os da tabela a seguir:

              Código
Tipo de arquivo
Arquivo normal de dados, como texto, imagens, vídeos, programas executáveis, arquivos zipados, etc.
d
Diretório. Os diretórios são arquivos também, porém contendo nomes de arquivos e ponteiros para inodes do disco.
l
Link simbólico (symlink) – um arquivo que aponta para um outro arquivo ou diretório
p
Pipe nomeado. Um pipe permite que dois programas em execução se comuniquem entre si, escrevendo e lendo dados no pipe.
s
Socket. Um socket é parecido com um pipe nomeado, porém é usado em comunicações de rede.
b
Dispositivo de bloco, o qual é um arquivo que corresponde a um dispositivo de hardware para o qual os dados são transferidos (e lidos) em blocos de bytes.
c
Dispositivo de caractere, que é um arquivo que corresponde a um dispositivo de hardware para o qual os dados são transferidos (e lidos) em unidades de um byte.
Os demais caracteres (nove em número) representam as permissões de acesso aos arquivos e diretórios.
Essas permissões são agrupadas em três conjuntos com três caracteres em cada conjunto, representando (em ordem) as permissões do usuário proprietário, do grupo do arquivo, e dos demais usuários (“outros”). Veja essa disposição na figura a seguir:
permissoes-acesso-linux
permissoes-acesso-linux-2
A ordem das permissões em cada conjunto é sempre a mesma: rwx (read, write e execute). No exemplo da tabela acima, temos:

Tipo: Arquivo comum (-)

Permissões do proprietário: Leitura e gravação (rw-)

Permissões do grupo: Somente leitura (r–)

Permissões dos outros: Somente leitura (r–)

A permissão de Leitura permite que o usuário possa ler o conteúdo do arquivo, ou no caso de um diretório, visualizar seu conteúdo.

A permissão de Gravação permite que o usuário possa alterar o conteúdo do arquivo, ou no caso de um diretório, criar, renomear e excluir arquivos que ele contenha.

A permissão de Execução permite que o usuário possa executar um arquivo – um programa ou script – , ou no caso de um diretório, acessá-lo.

A maioria das permissões não se aplica ao usuário root. O root pode ler ou alterar qualquer arquivo no computador, mesmo arquivos que ninguém tenha permissão de acessar (permissão negada totalmente).

Podemos alterar as permissões de acesso de um arquivo ou diretório usando o comando chmod (change mode).

Alterando permissões de acesso a arquivos

Vamos aprender a modificar as permissões de acesso usando o comando chmod.

Sintaxe:
chmod [opções] [modo] nomes_arquivos

As opções são similares às dos comandos chgrp e chown. Geralmente usamos a opção -R (recursivo) para alterar as permissões de todos os arquivos em uma árvore de diretórios de uma só vez.

Há duas formas de especificarmos o modo (permissões) que será aplicado aos arquivos: modo octal (numérico) ou modo simbólico (códigos). Veremos as duas formas neste artigo.

Modo octal
No modo octal, cada tipo de permissão receberá um valor numérico, de acordo com os bits que forem ativados. Assim:
permissões-de-acesso-modo-octal-linux
Ou seja, um valor octal 1 equivale à permissão de execução, um valor octal 2 à permissão de gravação e o valor 4 à permissão de leitura. As demais combinações são derivadas da soma desses valores.

Por exemplo:

Leitura e gravação = 4 + 2 = 6
Leitura e execução = 4 + 1 = 5
Permissão total = 4 + 2 + 1 = 7

Usamos um valor desses para cada conjunto de permissões, ou seja, um número indicará a permissão do proprietário do arquivo, o segundo valor a permissão do grupo e o terceiro valor a permissão do resto do mundo.

Vejamos exemplos da aplicação do modo octal com o comando chmod:

1. Desejamos aplicar permissão de leitura e gravação ao proprietário do arquivo curriculum e a seu grupo, e somente leitura aos outros:

# chmod 664 curriculum
permissões-de-acesso-com-chmod-linux
Ficamos então com:
– rw- rw- r–
664
2. Agora vamos alterar as permissões para que o proprietário possa ler e gravar, o grupo somente ler e os outros não terão acesso nenhum ao arquivo curriculum:
# chmod 640 curriculum
permissões-de-acesso-com-chmod-linux-2
Assim:
– rw- r– —
640

Note que o zero significa “sem permissão alguma” para os outros.

3. Dando permissão total para todos no arquivo:

# chmod 777 curriculum
permissões-de-acesso-com-chmod-linux-3
Então:
– rwx rwx rwx
777

4. Dando permissão de leitura e execução em um script chamado prog01.sh para o proprietário e grupo, e acesso somente execução aos outros:

# chmod 551 prog01.sh
permissões-de-acesso-com-chmod-linux-4
Assim:
– r-x r-x –x
551
Veja que nosso terminal coloriu de verde o nome do arquivo – esse comportamento é padrão em muitas distribuições Linux quando listamos arquivos cujo bit de execução esteja ativado.

Vejamos agora como alterar as permissões usando o modo literal (códigos) do comando chmod.

Modo literal (simbólico)

No modo literal usaremos abreviações (símbolos) para representar os níveis de permissões e as permissões em si. Veja na tabela a seguir quais os códigos usados:

comando-chmod-modo-literal-linux

As permissões especiais SUID, SGID e Sticky permitem estender a funcionalidade do sistema de permissões do Linux.

Estudaremos o significado das permissões SUID, SGID e Sticky bit em outro artigo.
Vejamos agora alguns exemplos do uso do modo literal com o comando chmod. A tabela a seguir mostra as permissões de um arquivo chamado arq1 e as permissões que ele recebe após a execução do comando chmod:
chmod-permissoes-acesso-linux-exemplos
As permissões literais (simbólicas) são mais úteis quando queremos fazer alguma alteração simples, como adicionar ou retirar uma permissão qualquer.
Já as permissões octais são mais úteis quando queremos ajustar as permissões de modo geral a um arquivo, incluindo as permissões de proprietário, grupo e outros de uma só vez.
Somente o proprietário do arquivo e o superusuário root podem alterar permissões de um arquivo.

Outros conceitos e comandos relacionados com permissões de acesso a arquivos no Unix são:

– Comandos chgrp e chown
– Bits SUID, SGID e Sticky
– Listas de controle de acesso (ACL)

Conheça cinco erros comuns de novatos em Linux

Se você se encaixa na categoria Linux newbies (usuários recém chegado à plataforma criada por Linus Torvald) merece palmas. Agora que se livrou das amarras impostas por licenças e travas de sistema que o impedem de manipular o seu SO da maneira que achar melhor –  e das outras tantas desvantagens embutidas nos sistemas Mac e Microsoft – aproveite para conhecer os erros que você provavelmente vai cometer, assim como todos os novatos.

Não queremos te desanimar, pois nenhum desses erros é, digamos, fatal. Mas vale a pena estar atento para não passar por essa dores de cabeça. Então, sem mais delongas, respeitável público: cinco coisas que você deve evitar ao migrar para o Linux.

1. Linux não é Windows

O ser humano é dominado por hábitos. Passados anos na frente de estações de trabalho munidas a Windows ou a Mac, é natural que espere um ambiente semelhante.

Várias características que faziam do Windows e do Mac OS sistemas descomplicados de usar foram incorporados ao Ubuntu e a outras distribuições Linux recentes. Isso faz do sistema algo que, visualmente, é bastante parecido. Analisando a questão sob um prisma pragmático, é necessário alertar que a versão 10.10 do Ubuntu (codinome Maverick Meerkat) não vem enlatada e pronta para usar, como acontece com o Windows.

Não queremos dizer que usar o Ubuntu seja mais complicado que manipular o sistema da Microsoft. Linux, definitivamente, não é mais difícil que os outros SOs, apesar das diferenças. Pode ser que leve algum tempo até você se acostumar com o jeito da plataforma funcionar. Não desanime. Tudo requer aprendizado, e as vantagens ultrapassam de longe os incômodos iniciais.

2. Rodar o sistema em modo root sem necessidade

Uma das grandes diferenças entre os sistemas Linux e o Windows é o fato de os usuários do primeiro, por padrão, não terem todos os direitos sobre o software. Quando o assunto é segurança, isso faz a maior diferença. Esteja consciente de que não há necessidade de usar o Linux em modo administrador cada vez que realiza o login.

Isto posto, não há qualquer motivo para temer o modo root. Para realizar determinadas tarefas ele é necessário, e por bons motivos. Mas não abuse.

3. Usar o Google para encontrar softwares

Se você vem da plataforma Windows, deve estar acostumado a procurar por aplicativos e, se necessário for, pagar o que custam. Mas, uma das belezas do sistema do Pinguim está no fato desse processo ser menos complicado e não envolver o escrutínio de diretórios da web na busca por softwares. Sem mencionar que geralmente as soluções têm custo igual a zero.

Quase todas as distribuições Linux têm um gestor de aplicativos. Invista um pouco de tempo se informando como esse recurso funciona. No caso do Ubuntu, ele é chamado de Ubuntu Software Center. Com base nesse gerente de pacotes, você poderá encontrar praticamente qualquer software de que necessite.

4. Não tema o shell

Sem dúvida os sistemas operacionais se afastaram da linha de comando (aquela tela preta com um prompt). Mas, no caso do Ubuntu 10.10, ele se faz necessário para uma variedade de tarefas.

Não tema esse ambiente. A diferença entre digitar alguns comandos básicos nessa interface não difere muito do “clicar /  arrastar / soltar” com o mouse. Isso, sem mencionar que rodar processos na linha de comando pode ser mais eficiente e mais rápido que a interface gráfica. Ninguém está pedindo que decore as centenas de comandos passíveis de disparar uma rotina, mas quando isso for requerido, vá com fé.

5. Desistir logo no começo

Toda mudança é difícil, e o fato do novo sistema ser mais fácil não ameniza o choque da migração entre plataformas. Lembre-se que você não nasceu sabendo administrar o Windows nem o Mac OS. Por que dominaria o Linux assim, logo de saída?

O Linux pode parecer muito diferente do que você estava acostumado, mas isso não faz dele o vilão ou um ladrão de sono. Não desista. Em pouco tempo você nem vai mais notar a diferença entre os sistemas XP, Linux, Win 7, Mac OS etc. Logo você vai perceber que o modo do Linux realizar as tarefas faz mais sentido. E, quando menos esperar, não irá se recordar da época em que vivia sem ele.

Como escolher uma distribuição Linux para o Desktop

Com todos os bons motivos para usar o Linux atualmente – especialmente em uma empresa – geralmente é fácil decidir abandonar o Windows. O que é difícil, entretanto, é decidir qual distribuição (nome dado às “versões” do sistema operacional) Linux é a mais adequada para você ou para sua empresa.

A julgar pelos números de popularidade rastreados tanto pelo site Distriwatch como por um estudo recente da LinuxTrends, o Ubuntu é claramente a “distro” mais popular. Não há como negar que o Ubuntu tem muitos benefícios para os usuários, mas ao mesmo tempo há muitas outras possibilidades, cada qual adicionando seu “tempero” próprio ao Linux.

Qual distribuição é a melhor para você? A resposta depende de vários fatores:

1. Habilidade

Se você nunca usou o Linux antes, é melhor ficar com uma distribuição mais adequada aos usuários iniciantes. Esta é uma das principais características do Ubuntu, mas o Fedora, Linux Mint e o openSUSE também podem ser boas escolhas. Eu recomendaria o Ubuntu ou Fedora para um novo usuário.

Fique longe de versões alpha, beta e release candidate (RC) do software, já que elas podem ser instáveis. Por outro lado, se você se considera um usuário avançado  pode preferir distribuições como o Gentoo, Debian, Arch Linux e Slackware. Ou quem sabe fazer sua própria distribuição do zero com o Linux from Scratch!

2. Foco

Se seu trabalho (ou o de sua empresa) é focado em uma área específica, vale a pena dar uma olhada nas muitas versões “de nicho” do Ubuntu, como a EduBuntu (para educação) e UbuntuStudio (para músicos, artistas gráficos e produtores de vídeo).

3. Suporte

Cada distribuição tem sua própria comunidade online, que é geralmente o melhor lugar para conseguir ajuda gratuita quando problemas surgem. Antes de escolher uma distro, pode ser uma boa idéia “dar uma olhada” em sua comunidade visitando os fóruns onde os usuários se reúnem. Alguns são mais amigáveis do que os outros.

Se você não se sente confortável com o suporte oferecido pela comunidade, pode optar por uma versão comercial do Linux com suporte técnico oferecido pelo desenvolvedor ou revendedor. O Red Hat Enterprise Linux e o SUSE Linux Enterprise Desktop (antigamente conhecido como Novell Linux Desktop) geralmente estão entre as melhores escolhas entre as distribuições Linux para o segmento corporativo.

4. Hardware

Uma das muitas virtudes do Linux é que ele pode rodar muito bem em hardware mais antigo, então não é necessário ter um computador poderoso para conseguir desempenho satisfatório. Se seu hardware é antigo, uma distribuição como o Puppy Linux é uma boa escolha. Para desktops com recursos (como RAM e espaço em disco) limitados distribuições como o Xubuntu e o Debian XFCE Edition podem ser úteis. E para os netbooks há inúmeras opções, como o Ubuntu Netbook Remix, EasyPeasy ou o Jolicloud.

Em máquinas mais modernas, seus periféricos podem influenciar a escolha da distribuição. Se você depende de um leitor de cartões de memória, modem 3G ou impressora multifuncional no dia-a-dia, por exemplo, é melhor verificar sua compatibilidade com a distribuição que pretende usar antes de migrar. Entre as distribuições atualmente no mercado, o Ubuntu é provavelmente a que tem a melhor compatibilidade de hardware.

5. Software

Se há algum programa que é indispensável para o seu dia-a-dia ou de sua empresa, planeje-se para não ser pego de surpresa sem ele. Primeiro, verifique se há uma versão Linux, seja do fornecedor original ou equivalente Open Source. Se for um software proprietário, certifique-se de que é possível rodá-lo na distribuição que escolheu: apesar de oferecer uma versão “Linux”, muitas empresas “empacotam” seus programas para uma distribuição específica, e não garantem seu funcionamento em outras versões do sistema.

Ainda indeciso?

Se você ainda não conseguiu decidir qual distro usar, há vários “testes” online para guiá-lo em sua escolha. Os mais indicados são o Linux Distribution Chooser da zegenie Studios e o Distro Chooser do site polishlinux.org.

Seja qual for  distribuição escolhida, é uma boa idéia experimentá-la antes usando um LiveCD ou LiveUSB. Assim você pode se decidir se o sistema é realmente adequado para você antes de instalá-lo em sua máquina. Se preferir, pode ser uma boa ideia começar a usar o sistema em regime de “dual boot”, assim o Windows estará sempre por perto se você eventualmente precisar. Também recomendo uma referência impressa. Para os usuários do Ubuntu, por exemplo, o livro “The Official Ubuntu Book” é uma boa opção.

E lembre-se de que a principal característica do Linux é a liberdade de escolha. Se a primeira distribuição que você escolheu não parecer a certa, há muitas outras para experimentar e isso não vai lhe custar um centavo. Tente fazer isso com software proprietário!

Como dar boot no Ubuntu e outras distribuições GNU/Linux usando pendrives e cartões de memória

Há momentos em que se quer testar um sistema operacional diferente ou fazer um processo de manutenção que exija o acesso por um outro sistema. Nessas ocasiões o mais comum é pensar em usar uma mídia de CD ou DVD para inicializar a partir do equipamento.

Uma alternativa mais prática pode ser usar um pendrive ou cartão de memória, já que não é preciso gravar uma mídia ótica. Para isso pode ser usado o UNetbootin, um aplicativo que permite configurar mídias USB “bootáveis” com sistemas GNU/Linux. A opção é especialmente interessante para netbooks e equipamentos que não possuam um drive de CD ou DVD.

Entre os sistemas operacionais que podem ser usados estão o Ubuntu e o Parted Magic. O Ubuntu é um sistema operacional que está em constante desenvolvimento e que possui recursos úteis para o dia a dia, como editor de texto, imagem, navegador Web, entre outros. O Parted Magic é uma opção interessante para aqueles que desejam realizar manutenção em um disco, com opções para criar, alterar e formatar partições.

Obtendo o aplicativo

Passo 1. Faça o download do aplicativo UNetbootin. Caso o disco seja criado no GNU/Linux, baixe a partir do site do projeto.

Passo 2. Execute o arquivo baixado dando dois clique sobre ele. O programa não é instalado, apenas executado.

Instalação com download automático

Passo 3. Na tela inicial, clique na primeira caixa de seleção e escolha a distribuição GNU/Linux a ser instalada. A título de exemplificação, selecionamos o Ubuntu.

Passo 4. Aparecerá um texto indicando o site, descrição e notas de instalação a respeito do Ubuntu. Na segunda caixa de seleção serão mostradas as versões do sistema operacional disponíveis para download. As versões que têm no nome “Live” podem ser executadas sem instalação e são interessantes para teste. A opção com maior numeração indica uma versão mais recente. Selecione a versão desejada.

Passo 5. Em ‘Tipo’ mantenha selecionada a opção ‘Unidade USB’ e certifique-se de escolher a ‘Unidade’ que corresponda ao pendrive ou dispositivo USB desejado. Clique em ‘Ok’ para iniciar o processo.

Passo 6. Será exibida uma tela com 4 etapas, executadas automaticamente: baixar o arquivo do sistema operacional, extrair e copiar arquivos para o pendrive, instalar o programa responsável por dar boot e reinicialização do computador. Aguarde o término da execução das etapas.

Passo 7. Ao final, caso o uso do pendrive seja para outra máquina, apenas clique em ‘Sair’ para continuar usando o computador normalmente.

Uso do pendrive SD para dar boot

Passo 8. Para usar o pendrive para dar boot é preciso configurar a BIOS. Para isso, ligue o computador e mantenha pressionada a tecla para entrar na BIOS ou escolher o dispositivo que será usado na inicialização — comumente é uma das teclas: DELETE, F1, F2, F8, F12 ou ESC.

Passo 9. Encontre a opção de boot desejada e modifique o valor para drive USB.

Passo 10. O computador será inicializado com o sistema operacional instalado no pendrive.

Instalação a partir de uma ISO

Passo 11. Caso você já tenha baixado a ISO do sistema operacional a ser instalado não é preciso fazer um novo download. Após executar o passo 1 e abrir o programa, selecione a opção ‘Imagem de disco’ e indique a localização da ISO no computador.

Passo 12. Clique sobre o tipo de imagem a ser utilizada (ISO ou disquete).

Passo 13. Continue a instalação pelos passos de 5 e 6.

Instalação em um sistema operacional GNU/Linux

Passo 14. Baixe a versão a ser utilizada, conforme o passo 1.

Passo 15. Abra o terminal e acesse a pasta de download. Por exemplo: cd ~/Downloads

Passo 16. Atribua a permissão de escrita ao programa: chmod +x unetbootin-linux-494

Passo 17. Execute o aplicativo: ./unetbootin-linux-494

Passo 18. O funcionamento do programa é idêntico à versão do Windows. Basta seguir os passos de 3 a 6.

Fonte: UNetbootin

Linux é difícil de usar: mito ou verdade?

Não causa surpresa que, na comparação com outros sistemas operacionais, o Linux seja visto como difícil de usar – uma concepção que é rotineiramente explorada pela concorrência, interessada em espantar potenciais novos usuários do sistema.

Quer um exemplo? Numa página publicada no site inglês da Dell – e que foi retirada em seguida -, a fabricante de PCs sugeriu que o sistema Ubuntu Linux é indicado principalmente para usuários “interessados em programação de código aberto”, que não se importam em “aprender a usar novos programas para e-mail, processamento de texto etc”.

Para o restante – ou seja, quase todo mundo -, a Dell recomenda Windows. Que mais ela poderia fazer para desencorajar a maioria, com exceção dos mais determinados?

Independentemente disso, está na hora de acabar de uma vez por todas com essa noção de que Linux é muito difícil.

1 – “Não é Windows”

Quando norte-americanos e brasileiros aprendem a dirigir um carro, trafegam pela mão direita da rua. Já quem vive no Reino Unido e no Japão aprende a trafegar pela esquerda. Nenhuma opção é “mais difícil” por si – elas são apenas diferentes. Mas, uma vez que tenha se acostumado a uma das formas, pode ser estranho aderir à outra, pelo menos no começo.

Assim é com os sistemas operacionais de PC. O desktop Linux é simples, elegante e lógico, mas funciona de forma diferente com Mac e Windows.

No Linux, a interface gráfica é opcional, por exemplo. O ambiente do desktop pode ser completamente personalizado, e os gerenciadores de pacotes permitem que você instale software em apenas alguns cliques – não é preciso navegar na web nem caçar números de série.

E, claro, há o fato de que muitos dos programas para Linux são gratuitos, e que você não precisa nem mesmo de um software antivírus.

Para aqueles cuja formação em computadores ocorreu com Macs ou Windows, o Linux pode parecer um tanto estranho no começo. Afinal, a maior parte das pessoas ainda usa uma dessas duas plataformas, como mostra dados recentes da Net Applications. Mas, uma vez que você comece a ver os benefícios do Linux, essa sensação passará logo.

2 – “Uma enorme curva de aprendizado”

O Linux permite que você faça tudo que quiser em seu computador, sem exigir recursos enormes, software caro, ou vigilância perpétua contra malware. Em vez de colocar em seu caminho uma interface que restringe o que você pode e como você pode fazer, o Linux simplesmente sai da sua frente.

Boa parte do software para Linux também parecerá extremamente familiar para a maioria dos usuários, especialmente aqueles de produtividade básica de escritório. A suíte OpenOffice (BrOffice, no Brasil), por exemplo, funciona tal como no Windows, e é muito parecida com o Microsoft Office. O melhor é que é compatível com o Office, podendo inclusive abrir seus arquivos.

Para navegar na web, o Firefox exige adaptação praticamente zero se você já o usava antes.

Com Linux e os aplicativos que vêm com ele, você pode fazer praticamente tudo que faria num Windows ou no Mac OS – com certeza de forma mais barata, e algumas vezes até mais facilmente.

3 – “Comandos complicados”

“Mas você não tem de conhecer todos os tipos de comandos complicados para usar o Linux?” – eis uma preocupação de muitos.

A resposta: definitivamente, não. Para uso típico diário, não há nada absolutamente espinhoso ou técnico que você precise aprender.

À medida que se torne mais familiar com a distribuição Linux que escolher, você poderá querer começar a aprender como usar o Shell Unix/Linux, mas de forma alguma isso será necessário, especialmente para propósitos comuns de produtividade de escritório.

Configurar um servidor Linux, claro, é outra coisa – tanto quanto um servidor Windows. Mas, para uso típico no desktop, se você já aprendeu um sistema operacional, o Linux não deverá ser difícil.

4 – “Questões de compatibilidade”

Finalmente, a compatibilidade de hardware e software é outra questão frequentemente lembrada e que faz com que usuários potenciais temam que o Linux seja muito difícil para torná-los produtivos.

É verdade que há algumas instâncias remanescentes de pacotes de software e equipamentos de hardware que o Linux não pode suportar porque os desenvolvedores dessas ferramentas escolheram manter os codecs, softwares ou drivers necessários fechados e proprietários.

Isso, no entanto, está se tornando cada vez menos comum – e geralmente há uma alternativa que funcionará muito bem. Há também pacotes como Wine e Crossover Linux para rodar software específico do Windows.

Incontáveis desenvolvedores voluntários estão lá fora nesse instante, trabalhando duro para tornar o Linux ainda mais fácil no futuro.

A realidade: um ROI campeão

Resumo da ópera? O Linux não é difícil – é apenas algo com o qual você não está acostumado, caso seja usuário de Mac ou Windows.

Mudanças podem ser difíceis, especialmente quando você investiu tempo aprendendo um jeito de fazer as coisas – e qualquer usuário Windows, quer ele perceba ou não, investiu muito do seu tempo neste sistema. Mas todo esse tempo será retribuído se você dedicar algum tempo para se acostumar ao Linux.

Para pequenas empresas, a economia de custos que resulta de usar Linux e outros softwares livres pode ser particularmente atraente. A ausência de taxas de licença de software pode resultar numa economia considerável de dinheiro, bem como na redução dos investimentos em hardware, já que PCs não precisarão ser atualizados com frequência.

Igualmente considerável é o efeito da confiabilidade do Linux, que minimiza tanto a manutenção quanto as interrupções imprevistas. Tudo somado, o Linux geralmente economiza de 400 a 500 dólares por desktop.

Meu conselho? Tente sair da caixa do Windows ou do Mac e mantenha a mente aberta – não espere que o Linux seja o Windows. Lembre-se também que você está investindo em software grátis por toda a vida com a flexibilidade de fazer o que quiser e como quiser, livre das ordens de qualquer grande empresa de software. Com que frequência você consegue um retorno de investimento assim?

10 motivos para sua empresa largar o Windows e abraçar o Linux

Agora é uma hora particularmente boa para largar o Windows, tanto nas estações de trabalho como em servidores. Um exemplo: agora que a Microsoft parou de oferecer suporte para versões mais antigas do Windows em 13 de julho do ano passado, você vai precisar de algo diferente para usar em seus servidores.  Esteja você mudando do Windows Server 2003 para o 2008 ou para um servidor Linux – ou trocando o cansado Windows Vista dos desktops pelo alienígena Windows 7 ou algo mais amigável – o Linux lhe dá liberdade e, principalmente, liberdade de escolha.

Você pode acreditar que deixar o Windows e migrar para o Linux é algo difícil, mas a mudança no modo de pensar e a percepção dessa mudança são o que há de mais difícil. Se você já tentou atualizar o Windows XP para o Windows 7, então sabe o que é dor.

Os empresários descobriram que o Linux, que uma dia já foi um sistema operacional de “nicho”, fornece os componentes e os serviços necessários nos quais muitos se apoiam. O Linux continua sua penetração nos maiores data centers do mundo e em centenas de milhares de desktops individuais, e domina quase 100% da indústria de serviços para a nuvem. Por tudo isso, vale a pena dedicar algum tempo para descobrir o Linux e usá-lo em sua empresa. Aqui estão dez razões para que você dê uma segunda olhada no Linux.

1 – Suporte comercial

No passado, as empresas usavam a ausência de suporte comercial como a principal razão para agarrarem-se ao Windows. As “três grandes” provedoras de Linux comercial – Red Hat, Novell e Canonical – puseram esse medo a nocaute. Cada uma dessas empresas oferece suporte 24x7x365 para suas aplicações de missão crítica e serviços de negócio.

2 – Suporte a .NET

As empresas que padronizaram seu desenvolvimento com tecnologia Microsoft, especificamente com sua tecnologia web .NET, podem confiar no Linux para obter suporte às mesmas aplicações .NET. A Novell é a dona e apoia o projeto Mono, que oferece compatibilidade com .NET. Um dos objetivos do projeto Mono é oferecer às empresas a capacidade de escolha e de resistir à imposição de um único fornecedor. Além disso, o projeto Mono oferece plugins Visual Studio para que os desenvolvedores .NET possam transferir facilmente aplicações .NET baseadas em Windows sem mudar suas ferramentas de desenvolvimento familiares. Por que a Novell e outras empresas iriam querer criar um ambiente .NET para Linux? Para a estabilidade real de aplicações .NET, o Linux é uma escolha melhor que o Windows.

3 – Disponibilidade online

A estabilidade do Linux oferece aos donos de empresas a paz de espírito de que suas aplicações não sofrerão panes muito longas causadas por instabilidade do sistema operacional. O Linux oferece os mesmos níveis de disponibilidade (geralmente medidos em anos) que seus primos Unix. Esta estabilidade significa que o Linux pode suportar as exigências de serviços “99,999% disponíveis”. Reboots após cada correção de software, Service Packs e alterações de drivers fazem do Windows uma escolha instável e não confiável para aqueles que precisam suporte ininterrupto para suas aplicações e serviços críticos.

4 – Segurança

Nenhum sistema operacional é 100% seguro – e o Linux não é exceção. Mas o Linux oferece segurança excelente a seus usuários. Das atualizações regulares do kernel a uma lista quase diária de atualizações de segurança, os mantenedores do código mantêm os sistemas Linux bastante seguros. Os donos de empresas que se apoiam em sistemas Linux com suporte comercial terão acesso a todas as correções de segurança disponíveis. Com Linux, você tem uma comunidade mundial de provedores de correções de segurança, e não uma única empresa com código fonte fechado. Você está completamente dependente da resposta de uma só empresa para lhe fornecer correções de segurança quando usa Windows.

5 – Aproveitamento de habilidades

Uma barreira à adoção do Linux foi a ideia que ele não é tanto como o Unix, e por conta disso os administradores deste último não poderiam usar com sucesso seus conhecimentos ao fazer a mudança para o Linux. O layout do sistema de arquivos do Linux parece como qualquer outra versão comercial do Unix. O Linux também usa um conjunto padrão de comandos Unix. Há alguns comandos Linux que não se aplicam ao Unix, mas isso também ocorre entre as diversas versões do Unix.

Os administradores Windows podem descobrir que o uso de um teclado em vez de um mouse é uma parte difícil da transição, mas uma vez que eles descubram o poder da linha de comando, eles nunca mais irão querer dar cliques. Não se preocupe com aqueles que não largam uma interface gráfica: o Linux tem diversos gerenciadores de desktops para escolher – e não apenas um.

6 – Hardware de mercado

Os empresários vão gostar do fato de que seus sistemas “ultrapassados” ainda rodarão Linux – e bem. Felizmente para quem adota o Linux, não há aquela loucura de atualização de hardware que segue toda nova versão do software recém-lançado. O Linux roda em x86 com arquiteturas de 32 e 64 bits. Se seu sistema roda Windows, ele rodará Linux.

7 – Linux é grátis

Você pode ter ouvido que o Linux é grátis (free, em inglês). O Linux não custa nada, e também é livre no sentido que também é livre de patentes e de outras restrições que impediriam empreendedores mais criativos de editar e melhorar o código fonte. Essa habilidade de inovar com Linux tem ajudado a criar empresas como a Google, que aproveitaram essa oportunidade e a converteram em grandes negócios. O Linux é grátis e livre, no sentido de liberdade.

8 – Comunidade mundial

O Linux tem o apoio de uma comunidade global de desenvolvedores que contribuem com o código fonte, atualizações de segurança e melhorias no sistema. Esta comunidade ativa também fornece às empresas o suporte gratuito por meio de fóruns e sites. Esta comunidade dispersa pelo mundo dá paz de espírito aos usuários de Linux, porque não há um ponto único de falha nem uma fonte única para suporte e desenvolvimento Linux.

9 – Linux Foundation

A Linux Foundation é um coletivo corporativo de patrocinadores Platinum (Fujitsu, Hitachi, HP, IBM, Intel, NEC, Novell e Oracle) e membros que, por meio de doações e contribuições associativas, patrocinam Linus Torvalds e outros que trabalham em tempo integral no Linux. Seu propósito é “promover, proteger e padronizar o Linux para abastecer seu crescimento pelo mundo”. É a fonte primária para todas as coisas Linux. A Linux Foundation é uma grande adição aos usuários e entusiastas do Linux porque sua existência assegura o desenvolvimento contínuo do sistema.

10 – Atualizações regulares

Você está cansado de esperar por um Service Pack do Windows a cada 18 meses? Cansado das dificuldades de atualizar seus sistemas Windows de tempos em tempos porque não há uma rota clara de upgrade? O Ubuntu Linux oferece versões novas e melhoradas a cada seis meses e versões de suporte de longo prazo a cada dois anos. Toda distribuição Linux oferece atualizações regulares de seus pacotes e fontes diversas vezes por ano e atualizações de segurança sempre que necessárias. Você pode deixar qualquer angústia de upgrade para sua cópia oficial licenciada do Windows porque é fácil atualizar o Linux e migrar de uma versão para outra, mais nova. A melhor parte: o Linux não exige reboot.

Se você quiser dar uma olhada no Linux, aqui estão diversas distribuições que podem ser baixadas gratuitamente. Seu uso também não exige qualquer contrato de suporte comercial.

CentOS – distribuição livre do Red Hat Enterprise Linux

Ubuntu – distribuição livre corporativa (suporte comercial disponível)

Fedora – O projeto Fedora é a versão livre e suportada pela comunidade do Red Hat Linux

OpenSUSE – versão livre e suportada pela comunidade do SUSE Linux da Novell

Debian – distribuição-pai de muitas distribuições Linux, incluindo Ubuntu e Linux Mint.

Você pode encontrar informação sobre a migração do Windows para Linux por meio da Linux Foundation ou de quaisquer de seus patrocinadores Platinum. Quando se trata de aumentar sua eficiência, economizar dinheiro e oferecer serviços ininterruptos para seu negócio e seus clientes, de quantas razões você precisa?

Quais as diferenças básicas entre um sistema de 32 bits e um de 64 bits?

Às vezes, para baixar um programa ou um driver para o sistema operacional, aparecem duas opções: versão 32 bits ou 64 bits. Essa escolha, por mais que pareça simples, pode fazer com que o programa, que o usuário levou horas para baixar, por exemplo, não funcione.

Para não errar, a pessoa deve saber se o sistema operacional que ela usa é de 32 bits ou 64 bits. No Windows é fácil descobrir isso: basta fazer uma busca pela pasta System. Se nos resultados aparecer a pasta System32, o sistema é de 32 bits; caso apareça a pasta System64, o Windows é 64 bits.

Por haver esses dois tipos de arquitetura, instalar drivers ou programas no computador exige atenção, pois caso o software seja incompatível, ele pode não funcionar ou causar travamentos.

Sistemas operacionais como Linux, Windows (a partir do XP), Mac e programas como o Autocad, têm versões específicas para a plataforma de 64 bits.

Processadores

Há dois tipos de processadores usados em PCs: chips com 32 bits (como alguns Intel Celeron e AMD Sempron) e chips com 64 bits (Intel Core 2 Duo e AMD Athlon X2).

Basicamente, a diferença entre um processador de 32 bits para um de 64 bits é, inicialmente, que um tem o dobro de capacidade de processamento de bits, o que torna o desempenho de um PC com CPU 64 bits melhor. Além disso, em termos práticos, o processador de 32 bits identifica até 4 GB de memória RAM, enquanto o de 64 bits aceita acima dessa quantia, dependendo das especificações de hardware da placa-mãe.

Apesar dessas diferenças é possível instalar sistemas operacionais 32 bits em máquinas com processador 64 bits. No entanto, não é possível instalar um sistema operacional 64 bits em um computador com processador 32 bits.

Como descobrir: Processador 32 bits ou 64 bits?

Para verificar se o processador é de 32 bits ou 64 bits no CPU-Z, veja o item Instructions
Para verificar se o processador é de 32 bits ou 64 bits no CPU-Z, veja o item Instructions

De forma simplificada, para você descobrir se seu processador é de 32 bits ou 64 bits, há duas opções de programas para ajudar na tarefa: o CPU-Z e o Everest.

Após baixar e instalar o CPU-Z e executá-lo, vá na guia CPU e veja o item Instructions. Se estiver escrito x86-64, o processador é de 64 bits. Se tiver só x86 e não tiver a instrução descrita anteriormente, o processador é de 32 bits. O software é gratuito e está todo em inglês.

Já o Everest é shareware (pago), porém é possível, mesmo na versão para avaliação, descobrir aspectos básicos do hardware instalado na máquina. Para saber de quantos bits é o processador, com o Everest instalado, vá no item Placa-mãe e clique em Processador. Ao lado direito, verifique o item Conjunto de Instruções. Se tiver escrito x86, o processador é 32 bits. Caso esteja escrito x64 ou x86-64, o processador é 64 bits.

História do 1º servidor do Google

Em 1996, Larry Page e Sergey Brin, dois estudantes da universidade de Stanford, trabalhavam num projeto de digitalização de biblioteca (Digital Library Project) e necessitavam de uma grande quantidade de armazenamento para testar seus algoritmos do Pagerank em dados da internet. Naquela época, os maiores HD’s tinham apenas 4 GB de armazenamento. Page e Brin colocaram 10 Hd’s em um gabinete de baixo-custo, criando um total de 40 GB de armazenamento.

Em novembro de 1999, Google Inc., dono de um dos principais motores de busca na internet, providenciou a substituição da capacidade de armazenamento do projeto Digital Library Project para que o Google pudesse mover este equipamento montado por Page e Brin para seu espaço especial com a história da empresa.

Em setembro de 2000, Google mudou para Mountain View, operava 5000 PCs para busca e varredura da internet, usando o sistema operacional Linux.